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zás, que já não apparece no de-43 —44; porque felizmente eslão pagas: e foi essa verba, que o il-hislre Deputado não tomou eni consideração, que lhe deu um resultado diverso do meu : eu asseverei que o actual,Orçamento excedia o de 41—*42 em duzentos e tantos contos, o nobre Deputado acha-o menor'em cento e tantos. O illuslre Deputado não deve conferir as verbas designadas para cada um dos Ministérios no Orçamento de 16 de Novembro com o actual, porque no Orçamento de 16 de Novembro ainda estão as Classes inactivas repartidas pelos differentes Ministérios; o nobre Deputado deve sommar todas asdespezas do serviço dosséis Ministérios, dos Encargos Geraes e da Junta de Credito Publico, e confrontar esta somtna nos dois Orçamentos, eliminando as despezas extraordinárias , e pôde ter, a certesa, de que ha de encontrar o resultado, que lhe indiquei.

Mas, Sr. Presidente, eu queria rectificar um outro facto,' e tenho muita pena que não esteja presente o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros: mas corno o facto e com m u m a todo o Gabinete, eu aproveitarei esta occnsiâo para o apresentar. Eu sinto que o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros se esquecesse no calor da discussão , em que entrou, do que elle linha diío no começo do seu discurso, que por forma nenhuma queria faltar á consideração, que linha a bondade de julgar, que rrie devia : S. Ex.* não correspondeu á maneira , -porque eu o traclei; mas eu attendo á posição de S. Ex.a, que estava de certo um pouco apaixona-.do , e desculpo-o , porque também quero ser desculpado alguma vez. (Rho.)

• Sr. Presidente , a actual Administração tinha apresentado como argumento principal, para justificar o seu procedimento nas,medidas, que adoptou, a necessidade de fazer a Carla exequível ; foi por essa occasião que eu disse, e disse-o por virtude de uma interrupção, que me fez o Sr. Ministro da Fazenda, que. me admirava que o Ministério tomasse como baze dessas medidas, o fazer a Carta exequível, o Ministério que tinha feito contractos que agora representava contrários á Carta, o Ministério que não fizera mais contractos dessa natureza, porque não tinha achado coro quem—ora eís-aqui está o que eu disse; e o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros se "não disse nos termos os .mais claros, que eu linha levantado uma calurn-nia ao •jVliniaterio , deu-o a entender, porque disse, que eu linha vindo apresentar ao Parlamento factos, que o Ministério declarava inexactos: que não era verdade que o Ministério procurasse fazer contractos, e lhe-tivessem fechado as portas. — E da minha honra , e do logar, que occupo. no Parlamento, mostrar, que o que-eu disse e' a pura verdade, e que S. Ex.a andou rnal aconselhado •negando-o.

Sr. Presidente, eu não fallaria do que occormi na Assemble'a Geral do Banco, porque considero, que o que lá se passou, não e' para se traclar cá fora ; rnas a Imprensa Ministerial rompeu o silencio, e rompeu-o em desaire meu: não fallaria comtudo ainda do que lá se passou, se o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, negando o facto que eu asseverei, rre não forçasse a justificar-me.

Eu fui convidado pelo Sr. Presidente da Assem-bléa Geral do Banco, ern carta assignada por um

Cavalheiro, que se senta nesta Casa, o Sr. Angus* to Xavier da Silva, para assistir a uma reunião da mesma Assembléa : nesta, por parte da Direcção, dó que faz parte outro Cavalheiro que também t* f n assento nesta Casa, ò Sr. José Cordeiro FVyo, foi apresentado um Relatório, em que se dÍ2ia ter o Governo feito uma Proposta ao Banco , para cou-tractar as Decimas de 41—42, e os Foros; e então pedia a Direcção, que a auctorisasse a Assern-ble'a Geral, para ella entrar com-210 contos na Companhia Confiança, afim de poder esta effecluaf aquelle Contracto. Combati este pedido por inconveniente , em attenção aos malee, que vinham ao Thesouro da continuação da Companhia Confiança : e sustentei ^ que se o Banco achava seguras as hypothecas, que o Govenro offerecia , íhe. de'*s>e o dinheiro a juro de 5 por cento: o metrhonrado amigo o Sr. Mousinho assistiu a uma discussão, que eu tive a este respeito com um Accionista, que foi de voto contrario ao meu. Eu repeti na Assemble'a Geral.—«Sou agora mais ministerial que o Gover* no ; se o Banco entende que as hypothecas são seguras, dê-lhe o dinheiro, mas a juro de 5 por cen* to; não abuse da situação apurada em que está o Governo ; e se entende que as hvpothecas não são seguras, então não contracta nem assim nein d*ou* tra forma. »—A Imprensa Ministeral ceasurou-me, porque eu havia .feito opposição ao Governo, e entretanto o que eu disse foi i«,to l ... Este meu conselho não prevaleceu na Assernble'a Geral, nomeou-se uma. Com missão para examinar esse negocio, e eu e o Sr. Felix Pereira fomos Membros d'essa Com missão. Posso eu acreditar que a Direcção fosse enganar a Assetnble'a Geral, dizendo-lhe que o Governo havia feito essa Proposta sem effecliva-mente a ter feito? Não posso ; e se o Governo fez a Proposta, nada mais e preciso para justificar o que eu disse: o Govern.o não entendia a questão como a entende hoje. Agora o facto e', que a au-ctorisação se deu á Direcção, e que se não fez obra por ella; e quem acreditará que foi o Governo que não quiz , ou que não foram os interessados que proposerarn condições que lhes convinham, rnas que uão convinham ao Governo? --Mas, Sré Presidenle, fosse o Governo que não quizesse ac-ceitar as condições, ou fossem os interessados, o facto é, que o Governo foi propor este Contracto; o facto e, que o principal argumento do Governo não existia para elle em Setembro, e note-se que .foi depois que-teve logar a reconstrucção do Ministério.

O Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros fez outra allnsão, a qual e mais seria, porque sé refere a todo o Ministério, de que eu tive a honra de fazer parte, e então a Camará me permittirá que sem embargo de qu? S. Ex.a não está presente, mas estão alguns dos SLMIS Çollegas, que sabem como as cousas se passaram , eu tracte de rectificar eàse facto.