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cipio por elle avançado passasse, ern breve ficava- poderia ficar no ócio sem ter o material de que

mós sern Marinha. O Sr. Deputado disse — que se precisava; mas o nobre Deputado e a Camará na-

nâo podia mandar construir urn vapor; porque, lia- luralmente entenderão que, se o Ministério tiver

vendo utn no quadro da força votada , excederia o por melhor e para tirar melhores resultados do di-

Governo as suas atlribuições se construísse outro, nheiro que esta Camará, e que a Nação lhe vota

O quadro da força aqui votada nada tem com os para o material, como são a construcçào de navios

vasos que a Nação precisa paia o serviço ordina- do guerra e os concertos Jelles, serem estas obras

rio, ou mesmo para qualquer serviço extraordina- feitas por uma maneira mais profícua e por uma

rio. Se por exemplo nós em um anno não preci- maneira mais económica do que entregando esse

sassemos senão de metade da força votada para esse material a esmo unicamente para occupar por mera

mesmo anno, devíamos dispor de toda a outra? Se formula homens que ainda hoje não podem deixar

uni navio se desmanchasse por incapaz de serviço , de estar a cargo do Estado, e que a Camará tem

não eslaria o Ministro da Marinha auctorisado a reconhecido que seria uma atrocidade deitar fora;

pôr outra quilha? Assim nunca se poderia preen- se em lagar de ter uma administração estéril e uni-

cher o numero de embarcações de que precisamos ; camente de apparato para empregar homens que

e tanto precisamos que tem havido occasiões em que até urn certo ponto era preciso ter em continuo

o serviço tem exigido a prornptificaçào demaisalgu- emprego, mas em obras que não eram as mu i s ne-

mas, e não as tem havido. Estou por tanto persna- cessarias para o melhor serviço da Nação; se en-

dido de que o Ministro da Marinha não precisa tender que pode empregar esses meios, em fazer

que se inutilisse um navio para pôr a quilha d'ou- construcções novas mais económicas, tirando dois

tro no estaleiro para o substituir, porque deve deter- brigues pela despeza porque lhe sae um, não o ha-

minar-se com tempo para poder estar prompto quan- via de fazer? Não era um Ministro menos respon-

do o outro se inutilisse, senão para augmentar os sável aquelle que caminhasse por esta theoria, do

vasos como muito convinha. E devo tributar os que aquelle que, nào estudando a matéria como

elogios devidos a S. Ex.a porque lia muito tempo era mais conveniente para o serviço publico, resol-

não ha um Ministro que tenha prestado tanta atten- vesse o problema de outra forma, e não empregasse

cão a esse ramo de serviço, e em breve a Nação os meios para este único firn, que é — • os navios de

conhecerá as vantagens desta prevenção.

guerra — e isto, Sr. Presidente, na presença da

Repito por tanto que o vapor que se mandou maior necessidade de fazer renascer esta Marinha

construir a Inglaterra, está nas atlribuições do Go-verno o manda-lo fazer. E não sei qual o ajuste

de guerra, e de a fazer apparecer de alguma ma-neira possível ?

que S. Ex.a contractou, se o pagamento ha de ser Sr. Presidente, não venho aqui fazer um elogio neste anno, ou no futuro. Segundo o que o Sr. á minha pessoa, não é esse o meu costume, mas Ávila expendeu. No mesmo caso estão construc- tenho a consciência certa de que tenho pratica-

coes que se mandam fazer no Porto. Mas S. Ex, ha de permittir-me lhe diga que se em alguma occa

do durante a minha administração tudo quanto me é possível para reduzir despezas, e para tirar

sião se pediu matéria! para occupar as officihas do do dinheiro publico votado por esta Camará os

arsenal e cordoaria, foi porque infelizmente nessa maiores resultados que me lêem sido possível a

occasião nada havia em que as occupar; parte dos favor do serviço publico, e não para apparato.

operários apresentavam-se alli , e era preciso occu» (apoiados) Repilo, Sr. Presidente, não venho fazer

pa-los ern cousas não da primeira necessidade para aqui o elogio da minha pessoa, mas é uma verda-

Ihes dar trabalho. Nessa occasião era exacto em de, é forçoso dizer, que o material da Marinha de

parte o que S. Ex.a expendeu, mas nào hoje, por guerra estava acabando, e os nobres Deputados que

que ha em que os ofílciaes se occupem, e é preciso podem conhece-lo, e que conhecem muito bem essa

que de alguma forma se adiantem as construcções, pequena Marinha que*tecnos, sabem que os nossos

para daqui a alguns dias nào estarmos sem urn na- vazos de guerra pela sua anligui Jade estavam Ín-

vio para as necessidades do serviço.

capazes de satisfazer ás necessidades do serviço; a

O Sr. JVlini&tro da Marinha: — A maior força Nação linha contraindo obrigações muito graves

dos argumentos do illustre Deputado o Sr. Ávila com a Grã-Berlanha, e eu havia de abandonar a

sobre o excesso de auctorisação para se mandar execução dessas obrigações, e deixar que as nossas

construir esle vapor é, que a quantidade de mate- Possessões unicamente fossem visitadas pela outra

rial a que se refere o orçamento da Marinha, era o Nação com quem linha contractado, sem que a

recurso único que o Ministério devia ter para em- Nação Portugueza figurasse? E como devia faze-lo ?

pregar os braços dos operários do arsenal da Ma- Saindo os grandes vazos de guerra que ainda ahi

rinha. Não sei do que parte do orçamento ou de temos, as nãos, e algumas fragatas? São essas as

que outra parle o illustre Deputado pôde colligir embarcações mais próprias para fazerem esses cru-

que este material e' unicamente o adoptado, o ne- zeiroà ? Não de certo, era preciso resolver, o proble-

cessario para empregar aquc-lles braços, que estão ma administrai! vamenle, e pelas necessidades do

ainda hoje a cargo da Nação.

serviço e da economia que incumbia ter- em vista.

Sr. Presidente, o que é verdade, e o que tem até Então, Sr. Presidente, devia adquirir um vapor ;

agora passado 'em theoria e, que as sommas pedi- não cabe no anno económico a sua despeza, co-

das no orçamento da Marinha para material e para nheço muito bem, infelizmente a quantidade voia-

feiias lêem um destino, um fim, urna applicação; da nesta Casa e' muito insuficiente ainda para as

este fim, este destino, e esta applicação são ou os necessidades da Marinha, mas a nossa obrignçâo é

r.-paros dos navios .de guerra ou as construcções dessa mesma quantidade, por pequena que seja, ti-

novas. Poderia talvez o nobre Deputado imaginar, rarmos os maiores resultados possíveis, e não aban-

que ale' um Certo ponto uma porção desse pessoal donarrnos nem um dia esta obrigação ; este e o pro-