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DIARIO DA CAMARA DOS SENHORES DEPUTADOS

Corrido o escrutinio para a commissão de administração publica, verificou-se haverem entrado na urna 83 listas.

Obtiveram maioria os srs.

João Gualberto de Barros e Cunha, com....... 72votos.

José Tiberio de Roboredo Sampaio e Mello.....64 »

Antonio Rodrigues Sampaio.................45 »

Visconde de Montariol......................45 »

Augusto Cesar Cau da Costa................45 »

Jayme Constantino de Freitas Moniz..........45 »

Antonio Augusto Teixeira de Vasconcellos.....44 »

Jacinto Antonio Perdigão...................43 »

João Baptista da Silva Ferrão de Carvalho Mártens 43 »

Faltam dois nomes para a completar.

O sr. Pinheiro Borges: —Tenho algumas duvidas com relação ao apuramento da eleição da commissão de instrucção publica. N'essa eleição o sr. Alves Passos obteve 42 votos. Estive presenciando o apuramento e vi que se contou para perfazer esse numero de votos o nome d'esse sr. deputado, que vinha n'uma lista que tinha outra indicação.

Reconheço que facilita o andamento dos trabalhos da camara a eleição simultanea das commissões; mas o que desejava era que a contagem se fizesse de modo, que um nome qualquer, que estava para ser contado para uma certa commissão, não fosse contado para outra.

Tenho por consequencia duvida sobre se o sr. Alves Passos está, ou não, apurado e por isso proponho que haja eleição de um novo membro para esta commissão (apoiados).

O sr. Presidente: — A camara póde resolver em sua alta sabedoria o que entender; mas parece me que a indicação que ha n'uma lista que foi lançada na urna nada influe para a contagem dos votos, nem no seu resultado (apoiados).

Vozes: — Não ha numero.

O sr. Falcão da Fonseca: — Fiz parte da mesa aonde se procedeu ao escrutinio para a commissão de instrucção publica; e devo declarar a v. ex.ª que tendo entrado na urna 83 listas, havia quatro que diziam em cima: uma, marinha; outra, administração; e duas, legislação; e suscitando-se duvidas sobre se deviam ou não ser contadas estas listas e os votos aos membros d'esta casa cujos nomes estavam ali escriptos, dirigi-me a v. ex.ª, com auctorisação do cavalheiro que presidia aos trabalhos d'aquella mesa, e perguntei-lhe o que se devia resolver a este respeito. V. ex.ª teve a bondade de me declarar que entendia que se deviam contar os votos que se tinham dado aos individuos que estavam relacionados n'estas listas.

Ora, a objecção feita pelo sr. Pinheiro Borges não me parece procedente, porquanto o numero do listas eram 83, e como d'este numero a maioria absoluta eram 42, ninguem se podia reputar eleito sem ter 42 votos.

Note v. ex.ª que se nós tivermos de descontar 4 listas, a maioria absoluta não será de 42 votos, mas sim muito menos, e em todo o caso ha de aproveitar ao sr. Alves Passos.

Parece-me pois que a camara não póde ter duvidas sobre a eleição do sr. Alves Passos, e que esta foi feita regularmente.

O sr. Pereira de Miranda (para um requerimento): — Parece-me que a camara não está em numero de poder tomar uma resolução, e por isso requeiro que este negocio fique adiado para a sessão seguinte.

O sr. Presidente: — A ordem do dia para ámanhã é a continuação da eleição de commissões.

Está levantada a sessão.

Eram cinco horas da tarde.