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E'-cpivíc-n o Governo desta offerta ? Metteu-atambém" ha' algibeira', e contractou clandestinamente Coití- ittiitr outra* companhia.

Pois s« o Governo1 tivesse a1 peito os interesses do paiz, não diligenciaria ver se a companhia Unido Cófhrficrciai' queria fazer com menor gravame aqui Ho que' a dompan-hia dtts obras pnbiicas faz com os maiores e mais pesados encargos para o paiz!.

Mas ainda aqni; não está tudo:- teníio.1 na minha mão uma representação dirigida a esta Camará e assignada por ntn grande nutrfefo de cidadãos dis-tinc.los,- directores presumptivos da companhia Al-Hnfa Industrial, que vêem protestar pprante os representantes da; nação' contra este modo insólito de eonlractar; e declaram que se não concorreram á praça, foi porque se não abriu —e também porque o Governo deixo» de approvar os estatutos da com-* panhia que projectaram—e concluem pedindo1 á Oamwfa que* não apprtfve' este contracto, por one* roso á Fazenda Nacional.

Agora perguntaria eu ao Srs. Ministros porque não' apprôvou o Governo os estatutos da; companhia /tlMartça Industrial? Eu não direi a razão porque níte foram approvados, mas todo e> mundo a diz; todo o inundo assevera que foi para affastar mais este poderoso concorrente da praça. E na verdade se havia' algum moiivo para se não approvarern Os «ístfftutos1 da cornfyaniiia Alliança Industrial, era pre-^ eis~o que o Governo o declarasse. E preciso que os Srs. Ministros o declarem;- e se assim o não fizerem, eci devo então declarar ao Paiz, que oGahinele fal-toií aos seus deveres. (Muitos apoiados) Que obstáculos podia haver para a npprovaçâo ou rejeição'dos estatutos da companhia All-iaiiça Industrial?

ii ff«t« a Carmwa que' o Governo- nem os appro--vovi nem os rejeitou1: rríeéiíft nesta grave -medida administrativa lia ti ou 4'inezes. ^ Não estão os e^s-tátutos conformes ás leis do liei no — rejeito-os n Governo, mas dfclttfe os motivos —- estão conformes — approve-os, pwqitKs é este' o seir dever. Q Governo msttf pôde toMíer í> exferCffeio' de qualquer i-ndtiátria ; j»orq-c«v a Go.vérnó não pôde levantar-se contra a propriedade dós cidadãos; sob perra de ser, em vez de um Govern'o< protector, um Governo despótico, e opfjre-ssfte'; A Irberdádê de trabalho e de industria está consignada na Carta, qiie o Governo deve respeitar. A Caria diz no art. 145.° § 25.° que nenhum gciitro de trabalho, industria, cultura ou commercia ptidirú ser prbhibidti$ urna vez que se não opponha a»è bons eostiimesi d stgurançtij e á saúde dos cida-dQi&j por conseguinte O Governo não podia deixar de1 tJpprovar os estatutos desta associação, para, não Vcjllfer n muitos1 Cidadãos associados o livre exercício da soa industria e comrnercio, e o licito emprego dos teus capitães. Os estatutos desta companhia estão" etínformes ao nosso direito pátrio, e conformes ao disposto nó código commercial: os que o não estão, são os da companhia das obras publicas de Pfir-tugitl, que o mesmo Governo approvou no próprio «lia em que lhe foram apresentados! E não ressumbra erri todos estes actos urna parcialidade manifesta ! .. í (apoiados, aptàadós)

Em verdade os estatuto? da companhia das obra» -fiubiictts de Portugal, que teEni a mesma data que o decreto da sua approtfrição', não estão conformes cofti ks disposições do código 'coinmeicialj como já voti fazer ver! —E admire-se ale qutí ponto o Go-SV.SSÂO N.'' 4;-

verno se'mostro a p.-ircial.t^iiandíi approvou, na mesmo dia

Quando eu ler os nomes dos directores escolhidos desta companhia, que assignaram a representação que tenho em meu poder, a Camará ajuizará, se neste negocio se teve em vista o bem publico, ou os .interesses de pessoas.... E é assim que se g.overna um Paiz livre ! Em que tempo e aonde estamos nós ? Estaremos no meio da Europa ? Estaremos no anrio de 1840,. e vinte e tantos annos-depois das maisipor-fio:-as luclas e dos mais duros sacrifícios pela liberdade ? .. . Pela liberdade ! ... E que liberdade e' esta que go/samos em Portugal?... K chamam renegados áquelles que combatem o Governo! Isto e', chamam, renegados aos verdadeiros amigos da Carta, da liberdade, e do throno, aos que q.uerem a leal execução das leis, aos que querem ver respeitados os princípios, as formulas constitucionaes!. ... Somos nós os renegados! .. . Sim,, nós somos os parias do Syslema Representativo ! . ... Eu sou renegado!... E porque ? Porque apoiei o Governo em quanto me persuadi, que elle queria respeitar as formulas constitucionaes e a Carta ; porque o desamparei quando vi a Carta rasgada, as leis calcadas aos pe's; quando vi) qiwj se tinha um desprezo manifesto, inteiro, cínico pelos princípios do Systema Representativo. Mas a minha vida publica ahi está: eu a entrego aos rneos adversário*, desde 1823 tenho sido victi-rna pula liberdade; amo-a, hei de pugnar por ella, hei de pugnar ale ao ultimo respiro. A Rainha e a Cártn será sempre a minha divisa! Se sou anli-mi-nisterial é porque sou cartista. Se guerreio os Ministros, e porque respeito o throno. Mas vamos á representação da companhia /-Hiiança Commercial—• consinta-me a Camará que eu a leia, porque ella encerra verdades, que os Representantes do Paiz não devem ignorar—^e porque a sua lingoagem e a dos antigos portugueses, respeitosa e leal, mas f rança e independente i