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todos sabem, achava-se no campo da Feira com os Marchaes em 1837. Por consequência se selheper-tende lançar o estigma de que não e' amigo da Carta, e das instituições que regem, certamente não se obteve o fim que se desejava. O caracter do iliuslre Deputado e' bem conhecido ; todo o Paiz o conliece corno um hornern digno de respeito, um Deputado que sabe cumprir com os seus deveres.

Sr. Presidente, quando da opposição sahcm estas proposlas, não julguem os illustres Deputados que e' com animo de captar lá fora a benevolência do publico; nào julguem que lia sempre essas intenções. Pois nào se pôde presumir qvie e' a intenção de curnplir com o mais sagrado dos nossos deveres, de pugnar pelos interesses do Paiz l

Não vê o Sr. Agostinho Albano que quando allri-bue á opposição essas intenções, alguém lhe poderá altribuir o contrario, eu não o attribuo, mas poderá dizer-se que o iliuslre Deputado pugnando, como pugna, contra a proposta, quererá com isto captar não a benevolência do Paiz, mas a benevolência do Governo.... E eu Citou persuadido que, quando assim combali.1, e concienciosamente, e que só tem etri vista o interesse do Paiz. Mas não attribuamos aos outros intenções, que podem nào possuir, para não fazermos injustiça a ninguém : tomemos as questões como ellas são na realidade, olhando simplesmente ao seu fim, e não ás intenções com que cada um entra nellas; ale'm de que nunca erarn más intenções o querer alcançar por meio de uma proposta a& bênçãos do PaÍE, que deveras nos desejamos alcançar. Por tanto eu julgo que a proposta deve ser^approvada, porque des-le modo mostramos n solicitude em que temos uma classe, que o Sr. Agostinho Albano taxou de las-(inioiít, e que o Sr. Deputado disse que se achava e m estado horrível , que deseja que cesse quanto antes.

O Sr. Ministro da Marinha: — Eu simplesmente queria rectificar um facto, e foi só para isto, que pedi a pala.vra, quando o illuslre Deputado fallun-do sobre uma expressão que eu empreguei, a censurou, entendendo que eu havia taxado o comportamento do illuslre auctor da proposta de imprudente, ííu nào disse que o comportamento do nobre Deputado era imprudente, antes pelo contrario disse que era importante a proposta; pore'm que certas cousas com que o Sr. Deputado a quiz sustentar, erarn inconvenientes ou imprudentes, pore.r-cngordar agiotas, etc.

O Sr. Silva Cabral- — O requeritneriia era simplicíssimo, e de certo que apenas o illuslre Deputado o tinha acabado de ler, era desde logo ennun-ciado o fim a que be dirigia este rnestno requerimento. Não é preciso recorrer a uma forte t-loquen-cia, e dados estatísticos, com que o illuslre Deputado acabou de enunciar ou apoiar a matéria desse requerimento. Nào era preciso; basta o simples enunciado delle para verdadeiramente se reconhecer que nào era senão uma repetição do seu primeiro requerimento. Mas, Sr. Presidente, o modo porque concluiu o illuslre Deputado, o seu discurso não podia deixar demostrar que eram essas as suas próprias intenções, não podia deixar de provar do modo mais «vidente, ser esse o fim a que o illustre Deputado se dirigia. E que diria eu depois quando VOL. 4,°—ABRIL— 1845,

o illuslre Deputado usando a palavra sobre a ordem divagou coimos 300 contos, com a lei eleitoral, e com outros muitos objectos, que não vinha nada-para o caso para se sustentar o requerimento do

nobre Deputado!.....— Pois que se pedia no

requerimento do illustre Deputado? — Pediam-se esclarecimentos, ou para melhor dizer, pedia-se — que o Governo mandasse certos esclarecimentos que esta Camará já tinha exigido, mas ainda mais na segunda parte, porque tem duas partes, pedia-se que o Governo fizesse a propôs-' ta que desde logo julgasse necessário para atalhar esses males.

N'uma e n'oulra parte ou este requerimento era visivelmente inútil, ou elle envolvia urna manifesta censura ao procedimento do Governo. Eu digo, que elle era perfeitamente inútil: ou o Governo tem estes esclarecimentos, ou não os tem: se elle os tem, está claro que não os trazendo aqui, como lhe tinha sido Ferormnendado pela Camará, visivelmente faltou aos seus deveres : e se os não tem, está claro que o requerimento e' inútil. Mas é preciso que cada um dos Srs. Deputados considere a natureza dos esclarecimentos, que se pedem ; é preciso que cada um dos Srs. Deputados considere as differentes partes d'onde tem de vir estes esclarecimentos, e digam em boa fé', se o tempo que mediou desde que se apresentou o anterior requerimento pedindo estes esclarecimentos, até agora, era bastante para que o Governo se instruísse completamente sobre um objecto tão importante? Se era possível que os governadores civis officiassern nos administradores-dos concelhos; e não só a estes, mas ás Camarás, porque nas Camarás e que existem os elementos necessários' para se apresentar um resultado solido sobre esta matéria? Creio que em tão pouco tempo pouco ou nada se podia fazer." Os nobres Deputados são muito fáceis de acreditar na prova deste resultado: mas eu appello para aquelles Srs. Deputados que teern estado no Ministério, e para aquelles que lêem exercido logares subalternos, que sabem que de momento para momento ahi ne