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CAMARA DOS DIGNOS PARES

EXTRACTO DA SESSÃO DE 6 DE MARÇO DE 1858.

Presidencia do ex.mo Sr. Visconde de Laborim,

vice-presidente.

Secretários os srs. Conde de Mello,

Visconde de Balsemão.

(Presentes ao começar a sessão, os Srs. Ministros, da Marinha, Fazenda, e Obras Publicas.)

Pelas duas horas e tres quartos da tarde, se verificou pela chamada estarem presentes 31 Dignos Pares.

O Sr. Presidente declara aberta a sessão por haver numero legal, e que a acta que se ia lêr era a de uma precedente sessão, que se reformara, convindo que os Dignos Pares déssem attenção á sua leitura para se conhecer se estava em termos.

O Sr. Secretario Visconde de Balsemão procedeu á sua leitura.

O Sr. Presidente observa á Camara, que visto não haver alguma reflexão sobre ella, na conformidade do Regimento, estava approvada: e que se passava a lêr a acta da sessão antecedente.

Foi lida e approvada sem observação em contrario.

O Sr. Secretario Conde de Mello deu conta da seguinte correspondencia:

Um officio do Ministro dos Negócios Ecclesiasticos e de Justiça em que, satisfazendo ao «officio que lhe havia sido dirigido por esta Camara a 27 de Fevereiro proximo passado, remette uma nota dos logares vagos na Cathedral «do Funchal, nas épocas de que tracta o requerimento do Digno Par Visconde d'Athoguia, a «que allude o mesmo officio.»

O Sr. Presidente declara que se passa á primeira parte da ordem do dia, estando inscriptos os seguintes oradores, os Srs. Ministro da Fazenda, Visconde de Balsemão, e Ministro das Obras Publicas. Nestes termos tinha a palavra em primeiro logar o Sr. Ministro da Fazenda.

O Sr. Ferrão—Eu peço a palavra sobre a materia.

O Sr. Ministro da Fazenda — Sr. Presidente, eu tenho muito poucas cousas que dizer á Camara, e teria mesmo cedido da palavra se o Digno Par que fallou hontem em ultimo logar não tivesse continuado a insistir nas allusões que me dirigiu, e a que já tinha respondido: mas S. Ex.ª repetiu-as hontem de uma maneira mais pungente, e que me obriga a dar hoje algumas explicações á Camara a respeito dellas.

Eu sinto estar agora um pouco incommodado, e não podér levantar mais a voz; e por isso rojo á Camara queira honrar-me com a sua benevo-