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Sessão de 9 de Dezembro de 1918 5

Legislativo são próprios, para a completa realização dos princípios preconizados pelo movimento glorioso de 5 de Dezembro e das suas aspirações atinentes, e, designadamente, a consolidação da ordem pública e pacificação da família portuguesa. - O Deputado, Almeida Pires.

Foi admitida.

O orador não reviu.

O Sr. Aires de Ornelas: - Sr. Presidente: pedi a palavra para me associar, em nome dêste lado da Câmara, ao protesto apresentado por V. Exa. por motivo do atentado dirigido contra o Sr. Presidente da República.

Não é dêste lado da Câmara que jamais se admitirá o crime como arma política.

A nossa indignação maior foi ainda ao pensar que S. Exa. vinha de praticar um acto eminentemente patriótico e nacional, prestando homenagem aos heróis do Augusto de Castilho.

Nestes termos, êste lado da Câmara associa-se às palavras de V. Exa.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Pinheiro Torres:-Em meu nome e no da minoria católica, que tenho a honra de representar nesta casa do Parlamento, associo-me às palavras de V. Exa., verberando o criminoso atentado contra o Sr. Presidente da República, para quem vão as nossas mais respeitosas saudações e em volta do qual se devem reùnir todos os portugueses.

Deus guarde a nação, que inteira se levantou contra êsse desgraçado criminoso, vítima, decerto, da propaganda deletéria que há anos tornou em Portugal inteiramente impossível a resolução dos mais difíceis problemas.

Em 1908, quando pela primeira vez tive a honra de falar nesta casa do Parlamento, eu disse que viera do Panteão de S. Vicente de prestar homenagem às vítimas dum atentado que manchou de sangue a nossa história.

A conclusão que eu então tirava dos acontecimentos era que nos devíamos reùnir em volta do poder supremo do Estado para opormos uma barreira forte ao espírito do crime.

Não se fez assim e o resultado viu-se.

Hoje, como ontem, o dever de todos nós, portugueses, é cerrar fileiras em volta do glorioso triunfador da revolução de 5 de Dezembro, que se propôs fazer uma política nacional.

E se assim é, para que negarmos valor à sua obra, para que lhe regatearmos os nossos aplausos?

Nós, católicos, temos o prazer de declarar que, sob o ponto de vista de reparação das violências que a demagogia nos tem feito, alguma cousa se tem conseguido para estabelecer um regime de relações entre o Estado e a igreja, em que. mantidos os legítimos direitos do Estado, se não negue à igreja aquela liberdade que é absolutamente necessária para que ela cumpra a sua missão, mais do que nunca necessária nesta hora gravíssima que todos nós atravessamos.

Disse o Sr. Presidente da República em Coimbra que era necessário respeitar as tradições.

Lembre-se a Câmara que entro as trações mais profundamente portuguesas existe a tradição religiosa. O povo uniu sempre o espírito religioso aos acontecimentos favoráveis da sua história.

O Chefe do Estado, falando ao povo no Rossio, não se esqueceu de ligar à sua obra a garantia suprema de Deus. O povo, que está com aqueles que querem fazer uma obra de justiça, não se quere tornar degrau para os mepeurs que só desejam a satisfação das suas ambições. E permitam-me que, ao terminar, eu apele para o Parlamento, para a boa vontade, para a inteligência de todos nós, para que não demos ao país o espectáculo que o levo a dizer que aqui existe a anarquia e não sabemos cumprir a nossa missão.

Desempenhemos com inteligência e disciplina a missão que o país nos confiou.

Vozes: - Muito bem.

O orador não reviu.

O Sr. João de Castro: - Pedi a palavra para me associar, em nome do Partido Socialista, ao protesto de V. Exa., Sr. Presidente, contra o atentado de que ia sendo vítima o Sr. Dr. Sidónio Pais.

E, protestando contra êsse atentado, permita-me V. Exa. e a Câmara que aproveite esta ocasião para tambêm erguer o