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6 Diário da Câmara dos Deputados

meu mais enérgico e forte protesto contra todos os atentados que dentro da situação política ou que actualmente vivemos têm sido cometidos. Refiro-me, em especial, àqueles atentados como o do Centro Evolucionista de Lisboa, como o da Rua Serpa Pinto, como o de Alpiarça, como o de Montemor-o-Novo, e, emfim, a todos que, têm praticado não só contra a vida de cidadãos honestos, mas tambêm contra todos os princípios e liberdades dos cidadãos.

Tenho dito.

Vozes: - Muito bem.

O orador não reviu.

O Sr. Carlos da Maia: - Pedi a palavra, Sr. Presidente, para mo associar às congratulações de V. Exa. pelo malogro do atentado praticado contra a pessoa do Chefe do Estado, muito embora eu já tivesse manifestado, no próprio dia 6, como amigo particular do Sr. Presidente da República, o meu regozijo por S. Exa. ter saído incólume dum atentado que, estou inteiramente convencido, todas as almas bem formadas dêste país reprovam.

Nada mais.

Vozes: - Muito bem.

O orador não reviu.

O Sr. José de Azevedo: - Sr. Presidente: o ilustre leader da minoria monárquica. Sr. Aires de Ornelas, já definiu qual era a nossa atitude com relação ao atontado de que ia sendo vítima o Sr. Presidente da República. Nada tenho a acrescentar às palavras do S. Exa. No emtanto, pedi a palavra para dar uma explicação à Câmara referente à moção apresentada pelo digno leader da maioria, e creio que esta explicação traduz o pensamento dêste lado da Câmara.

Essa moção, a que nós nos poderíamos associar se estivesse na tradição desta Câmara votar separado aquilo que numa menção pode traduzir o nosso pensamento e afastar o que esteja em contraposição cora o nosso programa, não pode, por ir contra os nossos princípios políticos, ser aprovado pela minoria monárquica.

Coma essa mação traduz um intuito ou um alcance político a que não nos podemos associar, êste lado da Câmara pede licença, sem ofensa a nenhum dos seus colegas, para no acto da votação da mesma moção se abster de a firmar com o seu voto.

Era isto o que eu tinha a dizer.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: - Vou submeter à votação da Câmara a moção apresentada pelo Sr. Almeida Pires.

Foi aprovada.

O Sr. Presidente: - Está sobro a Mesa a comunicação de haver falecido o antigo membro desta Câmara, Sr. Tomás Cabreira, que foi Ministro das Finanças. economista muito distinto, e procurou sempre bem servir o país em todos os seus trabalhos.

Creio interpretar os sentimentos da Câmara propondo que na acta se consigne um voto de pesar pela sua morte e dele se dê conhecimento à família de extinto.

O Sr. Tamagnini Barbosa (Secretário de Estado das Finanças): - Sr. Presidente: pedi a palavra, em nome dos meus colegas do Gabinete, para me associar ao voto de sentimento proposto por V. Exa. pelo falecimento do antigo membro do Congresso, Sr. Tomás Cabreira, meu antigo professor.

Registando perante o Parlamento os serviços prestados pelo ST. Tomás Cabreira, eu presto neste momento à sua memória as homenagens de gratidão que um discípulo costuma prestar a um mestre, que um português costuma prestar a outro português, que um republicano costuma prestar a outro republicano. (Apoiados).

O orador não reviu.

O Sr. Almeida Pires: - Sr. Presidente: cumpre-me tambêm em nome da maioria, da Câmara associar-me à proposto, de V. Exa. para que se lance aã acta um voto de pesar pelo passamento do antigo parlamentar Sr. Tomás Cabueira.

Efectivamente, o Sr. Tomás Cabreira foi, como muito bem acentuou o Sr. Secretarie de Estado das Finanças, um republicano que deu ao seu país todo o prestígio da sua inteligência e todo o ardor do seu coração de patriota.

Já que estou no uso da palavra permita-me V. Exa. que me associe, por não