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Sessão de 16 de Dezembro de 1918 3

Não compareceram os Srs.:

Abílio Adriano Campos Monteiro.
Alberto da Silva Pais.
Alfredo Pinto Lelo.
António de Almeida Garrett.
António Augusto Pereira Teixeira de Vasconcelos.
António Caetano de Abreu Freire Egas Moniz.
António Caetano Celorico Gil.
António Faria Carneiro Pacheco.
António Luís de Sousa Sobrinho.
António Tavares da Silva Júnior.
António Teles de Vasconcelos.
Artur Proença Duarte.
Carlos Alberto Barbosa.
Domingos Garcia Pulido.
Duarte Manuel do Andrade Albuquerque Bettencourt.
Eduardo Augusto de Almeida.
Egas de Alpoim de Cerqueira Borges Cabral.
Eugénio de Barros Soares Branco.
Eurico Máximo Carneira Coelho e Sousa.
Francisco Aires de Abreu.
Francisco Joaquim Fernandes.
Francisco Maria Cristiano Solano de Almeida.
Francisco Xavier Esteves.
João Henriques Pinheiro.
Joaquim Saldanha.
José Adriano Pequito Rebelo.
José Augusto Simas Machado.
José de Azevedo Castelo Branco.
José de Sucena.
Martinho Nobre de Melo.
Miguel de Abreu.
Miguel Crespo.
Tomás de Aquino de Almeida Garrett.
Vítor Pacheco Mendes.

Às 15 horas procedeu-se à chamada.

O Sr. Presidente: - Estão presentes 94 Srs. Deputados. Está aberta a sessão. Vai ler-se a acta. Foi lida a acta.

O Sr. Presidente: -Não há expediente.

Constando-me que está nos corredores da Câmara, para tomar assento, o Sr. Martinho Nobre de Melo, convido os Srs.

Jerónimo Rosado e Moreira de Almeida a introduzirem S. Exa. nesta sala.

Foi introduzido na sala e tomou assento o Sr. Martinho Nobre de Melo.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados: está de luto a pátria portuguesa.

Salta naturalmente da alma de todos nós uma comemoração soleníssima na sessão de hoje, para significar o nosso profundo pesar pela morte do Dr. Sidónio Pais, que ficará na história como um prestigioso e grande Chefe de Estado e ao mesmo tempo para verberar com vivíssima indignação o horroroso crime que determinou essa morte e que, sobretudo no presente momento histórico, constitui um crime de lesa-pátria.

A comoção de que sou tomado é enorme. Não é só a comoção que dá sempre o espectáculo da morte humana, principalmente quando a vítima é uma pessoa que se preza ou admira; é tambêm a complicada comoção de quem, habituado a amar a sua pátria e vendo-a subir numa ascensão gloriosa, parece sentir faltar-lhe de repente o fio de ouro que guiava os seus altos destinos.

O Dr. Sidónio Pais era uma majestosa figura nacional. Tive ocasião de o conhecer a propósito das últimas sessões parlamentares; revelou-se-me duma rara tenacidade, enternecidamente dedicado aos interesses do seu país, sem paixões mesquinhas e disposto em tudo e para tudo a realizar um largo plano de salvação pública.

"Atente - dizia-me êle há dias com entusiasmo - no discurso que em breve vou fazer no Pôrto; sinto-me forte com o apoio da nação e havemos de fazer de Portugal ainda uma grande Pátria!"

Pois dessa grande pátria, que assim acalentava em sonho e que é a pátria de todos nós, acaba êle de cair mártir. Curvemo-nos em respeito diante do seu cadáver e honra ao herói que, para nos salvar, não trepidou um momento "m face de nenhum perigo até o sacrifício da sua própria vida.

Deus se amercie da sua alma, chamando-o à glória eterna e seja sempre o seu exemplo um modelo da nossa geração.

Mas, ao mesmo tempo, não deixemos de considerar as condições sociais que tornam possíveis crimes como o que aça-