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6 Diário da Câmara dos Deputados

Portuguesa, de que todos nos devemos honrar. (Apoiados).

Sr. Presidente: homens como êsse impõem-se à nossa natural consideração, e a sua memória ficará eternamente gravada em nossos corações. (Apoiados. Muito bem).

A sua obra foi muito grande.

Os seus planos de desenvolvimento, que fazem parte de vários processos existentes nos arquivos do Palácio de Belém, são prova exuberantíssima do que o falecido Chefe de Estado empregava as suas vigílias no estudo do engrandecimento da sua querida Pátria, elaborando obras de fomento, indispensáveis para que Portugal ocupasse o lugar que tam dignamente lho pertence.

Muito fez, muito produziu e muito profícuamente trabalhou.

E não descurou a assistência pública.

V. Exa. e a Câmara sabem bem em que diversos ramos elo se ocupou relativamente das obras do caridade.

As sopas para os pobres, que êle tam nobremente instituiu, muita miséria foram mitigar, muitas lágrimas foram enxugar. (Apoiados. Muito bem).

Nessas festas que êle promoveu, na Pena, a que eu não pude assistir por motivo de serviço público, e a do Jardim Zoológico, a que concorri e que muito me comoveu, porque foi encantadora, milhares de crianças na sua alegria juvenil com os seus brinquedos e bolos sentiam-se loucos de prazer.

E, em verdade, declaro que só então rolou muita lágrima pelos rostos do pessoas que ali se encontravam!

A sua obra de assistência é uma obra incomparável, e - estou piamente convencido - há-de tornar o seu nome muito lembrado por todos aqueles a quem foi beneficiar.

Sr. Presidente: eu não quero tomar muito tempo à Câmara, com estas minhas palavras a respeito da memória do Sr. Dr. Sidónio Pais, porque eu sei bem que outros oradores mais brilhantes desejam neste momento prestar as justas homenagens ao nosso malogrado e ilustre extinto.

Todavia, não desejo concluir sem me referir a outra obra a que elo igualmente aplicou toda a sua actividade: a obra de congraçar a família portuguesa.

Efectivamente o falecido Presidente da República desejou por todas as formas, por todos os meios, empregando toda a sua inteligência e a sua boa vontade, reduzir possíveis arestas, acabar antagonismos e para, emfim, contribuir para o engrandecimento da Pátria, para o futuro da Nação.

Produziu tambêm reformas em vários ramos de administração pública, que muito lhe fica devendo.

Quis viver junto das forças vivas da Nação; quis palpitar bem as necessidades que em cada ramo de serviço público eram urgentes e inadiáveis; quis prementar na alma popular o seu sentir, as suas vicissitudes, as suas amarguras, para poder ir ao seu encontro, para aplanar as dificuldades da sua vida, para mitigar a fome aos mais desprotegidos da fortuna. (Apoiados).

E que tristeza causa à nossa alma ver ainda hoje no rola to dos jornais alguns espíritos, não compreendendo a obra formidável e bem do Sr. Sidóuio Pais, não só revoltarem contra o vil e infame atontado do que foi vítima! (Muitos apoiados).

São, porêm, excepções.

A sua obra é tam evidente que não há ninguêm que a possa contestar. (Apoiados).

A fôrça armada prestou-lhe a sua, viva atenção, melhorando o exército quanto pode.

Por ocasião das últimas revistas tivemos ensejo de verificar quam reais eram êsses melhoramentos.

Na minha arma, que êle tanto admirava, fez tambêm o que pôde com os deficientíssimos recursos que tinha ao seu dispor.

Tive a honra do com êle trabalhar, e sei o que êle tencionava de futuro fazer dotar a armada portuguesa com os necessários recursos, a fim do cabalmente desempenhar a sua missão.

Sr. Presidente: como já disse, não desejo alongar esta minha homenagem; vou terminar sentindo não poder, repito, prestar, como entanto desejava, o devido preito à sua memória com mais eloquência, com mais capacidade, com mais competência.

Mas, Sr. Presidente, garanto a V. Exa. e à Câmara que o que eu disso é muito sincero, que o que eu disse é o que exis-