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Sessão de 13 de Fevereiro de 1919 7

É indispensável que essa iniciativa de seja renovada agora. E preciso fazermos ver a todos que estão comprometidos nesse movimento que a República não tem só armas para o campo das operações militares, mas também os necessários elementos de defesa para castigar aqueles que tentam lançar o país na mais horrível das desordens. (Apoiados).

Espero, pois, que o Govêrno, melhor do que a Câmara, possa estudar no seu conjunto as medidas indispensáveis para castigo dos revoltosos e aguardo ocasião para que o Sr. Presidente do Govêrno ou quem se julgar habilitado a responder nos diga se porventura o Govêrno é de opinião que essas medidas se adoptem e se essa iniciativa a deverá tomar êle, Govêrno, ou a Câmara.

E se o Govêrno não quiser tomar essa iniciativa, eu reservo-me, e com muito orgulho, como Deputado republicano, para apresentar as propostas de lei necessárias para habilitarem o Govêrno a tomar essas medidas que a opinião republicana unânime deseja.

Vozes: - Muito bem.

O Sr. Deputado foi muito cumprimentado.

O orador não reviu.

O Sr. Joaquim Crisóstomo: - Apesar do Govêrno não se encontrar representado, vou referir-me a um assunto que reputo importante: a falta de carvão em Lisboa.

Todos sabem que a população da capital está lutando com a falta de carvão, que as mulheres passam horas e horas à porta das carvoarias para o obter e, no emtanto, o Govêrno não tomou providências, ou se as tomou não dão resultado.

Li há dias que foram abertas três carvoarias em Lisboa por ordem do Ministério dos Abastecimentos, mas a verdade é que há falta de carvão.

Ainda há pouco um dos maiores fornecedores de carvão de Lisboa me disse que tem nos seus depósitos da província grande quantidade de carvão, mas que o não pode mandar vir por falta de transportes.

Diz êle que hão está nas boas graças do director dos Abastecimentos e como o transporte depende da Companhia dos Caminhos de Ferro e do Ministério dos Abastecimentos, êle não tem meio de o obter, apesar doutros depósitos menos importantes que o dele terem conseguido êsses transportes.

Nestas circunstâncias, eu peço a V. Exa., Sr. Presidente, a fineza de solicitar do Sr. Ministro dos Abastecimentos as providências que o assunto reclama, oficiando à Companhia dos Caminhos de Ferro para que forneça transportes não só a A ou a B mas a todas as firmas.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: - Como não há número para a Câmara poder deliberar, vou encerrar a sessão.

O Sr. Cunha Lial: -Peço a palavra.

O Sr. Presidente: - Não há número e não podemos prolongar indefinidamente uma sessão nestas circunstâncias, mas tem V. Exa. a palavra.

O Sr. Cunha Lial: - Não me parece que V. Exa. tenha motivo para se incomodar por eu ter pedido a palavra, tanto mais que não tenho grande interêsse em usar dela.

Eu pedi a palavra para me associar à saudação proposta pelo Sr. Eduardo Sarmento o ao aditamento apresentado pelo Sr. Manuel Bravo.

Nós, evidentemente, não podemos ser indiferentes aos que no norte, para defender a República, estão vertendo o seu sangue e jogando as suas vidas; associo-me, portanto, com todo o entusiasmo às saudações propostas, que só representam um acto de justiça, mas aproveito a ocasião, a propósito das considerações feitas pelo Sr. Manuel Bravo, para constatar que todos estamos de acordo e que não havia razão da parte da Câmara para a sua indignação contra os que combateram os erros do Sr. Dr. Sidónio Pais.

Eu fui dos que, desde as primeiras horas, combateram a introdução de monárquicos nos lugares superiores da República e tive o desprazer de ver que a maior parte dos meus colegas não eram dessa opinião; - mas hoje tenho o prazer de verificar precisamente o contrário.

O Dr. Sidónio Pais teve o defeito de errar na sua política. Fiou-se, demasia-