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Não é este o momento nem o local próprio para demonstrar a minha mágua pelo afastamento do inou partido desse ilustre e velho republicano, mas devo dizer que foi com grande mágua que recebi tal notícia.

Se a Câmara assim se pronunciar, eu desejaria que V. Ex.a envidasse todos os esforços para que a renúncia de S. Ex.a não se torne efectiva.

O orador não reviu.

O Sr. Júlio Martins : — Ouvi ler a carta do Sr. Sá Cardoso; e, sem querer entrar na apreciação dos motivos que levaram S. Ex.a a proceder dessa forma, entendo que as razões apresentadas por S. Ex.a não podem subsistir, porquanto o Sr. Sá Cardoso contínua a ter, perante a Câmara, todos os requisitos para muito bem continuar a exercer as funções de Presidente desta Câmara. O Grupo Popular Parlamentar votou/ no Sr. Sá .Cardoso porque reconheceu nele as qualidades ne-

eeSãánãS para presidir â ôsta, vyâimira

imparcialmente.

Estas palavras vindas dum grupo político que, quando S. Ex.a no Poder, o combateu, são sinceras. '

Julgo que a Câmara se honraria iran-tendo no seu lugar o Sr. Sá Cardoso; e lembro que urna deputação desta Câmara procure S. Ex.a e lhe signifique o desejo de o ver sentado na cadeira da presidência.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. António Gr anjo:— Sr. Presidente: o Sr. Sá Cardoso, .segundo a carta que acaba de ser lida na Mesa renuncia ao seu lugar de Presidente desta Câmara, j Eu entendo, interpretando o sentir do Partido Republicano Liberal, que se deve instar com S. Ex.a no sentido de fazer com que ele abandone ò seu ponto de vista. Ê.m todo o caso, /levo considerar que se trata manifestamente dum escrúpulo de consciência; e, por isso, a Câmara não deve fazer mais do que afirmar a S. Ex.a o desejo de que ele volte a ocupar o lugar que tam dignamente tem ocupado.

O orador não reviu.

O Sr. Domingos Pereira: — Sr. Presi-pente: não pode a Câmara deixar de ré-

Diário da Câmara dos Deputados

côbor com vivo desgosto a carta, que acaba de ser lida na Mesa, do Sr. Sá Cardoso renunciando ao seu lugar de Presidente desta casa do Parlamento.

Por parte dos leaders dos diferentes partidos, já foi prestada a devida homenagem ao Sr. Sá Cardoso, como Presidente da Câmara, que soube cumprir o seu dever com imparcialidade, justiça e correcção. S. Ex.*, uma vez eleito, não é mais do- que o Presidente da Câmara dos Deputados, nada tendo que ver com o agrupamento político que mais contribuiu para a sua eleição.

O fundamento alegado por S. Ex.a para abandonar o lugar que tanto tem honrado, não. é um fundamento que possamos acolher.

Temos, por isso, que pedir ao Sá Cardoso que continui no seu lugar, honrando a Câmara dos Deputados e honrando a República, pois S. Ex.? à República tem dado todo o concurso da sua inteligência e acção.

Concordando inteiramente com a opinião do ilustre leader do Partido Popular, Sr. Júlio Martins, entendo que uma comissão--delegada da Câmara dos Deputados deve ir prestar ao Sr. Sá Cardoso o preito das nossas homenagens e solicitar-lhe que continui nesse lugar que tanto tem Honrado. (Apoiados}.

O orador não reviu.

O Sr. Henrique de Vasconcelos: — Sr. Presidente: depois das palavras proferidas pelo ilustre Deputado Sr. Domingos Pereira, eu nada tenho a acrescentar e desisto, por isso, da palavra.

O Sr. Costa Júnior: — Sr. Presidente: o Sr. Sá Cardoso, quando disse que abandonava o seu lugar por se ter desligado do Partido Democrático, que o tinha eleito, esqueceu-se de dizer também que a minoria socialista votou nele!