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Sessão de 15 de Junho de 1920

quais são, se "as houve, as altas personalidades da República envolvidas nestes negócios ?

Então fazem-se estas graves acusações e o relatório da comissão de inquérito não pode ser apreciado?

Quem ler amanhã este relatório não fica j convencido de que a comissão parlamen- í tar de inquérito tem de continuar na in- j

vestigação deste processo? {

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O Sr. António Granjo:—Os processos j não estão organizados, quando estiverem organizados, serão enviados para os tribunais, l

O Orador: — £ Então a comissão estai convencida de que ainda não há possíveis ' indícios e vem fazer afirmações graves, ! como as que constam dôste relatório? \

O que se afirma aqui é que no Minis- j tério dos Negócios Estrangeiros há espe- j culadores que se aproveitavam ... i

O Sr. António Granjo (interrompeu- \ do}: — O que se diz é que se encontraram pedidos de comerciantes que depois foram especuladores.

O Orador: — <_:E com='com' que='que' de='de' intuitos='intuitos' especuladores='especuladores' j='j' indício='indício' evidentes='evidentes' haver='haver' p='p' eram='eram' já='já' especulação='especulação' um='um' não='não' poderia='poderia'>

Mantenho as minhas considerações e j digo que a comissão deve ficar, pois se ria altamente inconveniente que a comissão abandonasse os trabalhos neste momento ; ela deve continuar a proceder con- j tra aqueles contra quem haja provas.

Só assim nos entendemos e só assim a República se prestigia. (Apoiados).

^Mas pelo facto de termos nomeada uma comissão parlamentar de inquérito, não podemos discutir os seus actos e as notas que ela manda para a imprensa? Notas para criar uma atmo.sfera de carinho na opinião pública . . .

Apartes.

O Orador:—A comissão de inquérito quo se conserve no seu lugar, que continue a exercer as suas funções.

É preciso que tudo venha para .a tela do debate, que haja a máxima discussão e publicidade num. regime de luz e de prestígio. (Apoiados).

Sr. Presidente: chamo a atenção do Sr. António Gr/irjo o da comissão para

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o facto de S. Ex.a se conservar dentro da comissão.

V. Ex.a compreendo que é indispensável que, sem perda de tempo, os tribunais se pronunciem.

Os processos ainda não chegaram aos tribunais e é indispensável que os Deputados incriminados sejam condenados.

Nós temos todo o direito de discutir*os actos da comissão.

Quem acoita esses lugares não tem que se importar com os a ódios surdos» de toda a gente, porque tem autoridade o possui elementos morais indispensáveis para continuar a sua missão. Cair nesta altura é mau! Não é por que eu tenha medo que a Câmara vá porventura lan-' •çar uma pedra sobre o assunto e provocar o esquecimento dos escândalos que porventura existam no Ministério dos Abastecimentos. Não!

No dia em que o Parlamento da República parasse nas investigações ao Ministério dos Abastecimentos, a República teria realizado a sua máxima condenação, a República ter-se-ia degradado e, então, seriam legítimas todas as campanhas dos inimigos de regime por terem a prova de que, dentro da República, não havia a suficiente .fôrça moral para agarrar pelas orelhas os criminosos e sujeitá-los à execração pública.

i Despreze a comissão os ódios que se concitam à sua volta, que maior é a sua autoridade!

Eu mantive solidariedade com camaradas meus emqu-anto não se esboçou uma afirmação concreta. Saí do Parlamento por entender que não possuia a autoridade indispensável para estar à frente do Grupo Popular, com Deputados incriminados.