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é que os processos se tornaram públicos pelas notas oficiosas.

O Orador: —

V. Ex.as, com a obcessão das suas notas oficiosas, nem mesmo repararam que a essas notas correspondiam outras da moagem, talvez causando um resultado contraproducente na opinião pública.

Jamais se pode justificar que uma comissão parlamentar de inquérito mande notas oficiosas sobre presumíveis culpados emquanto os tribunais não profiram os seus respectivos veredictuns.

Vá a comissão ato o fim. j Tenhamos todos a coragem das respectivas situações !

Eu tenho o direito de me pronunciar sobre os relatórios trazidos a .esta Câmara. Não pode, pois, a comissão invocar hoje o espírito de hostilidade que há contra ela. j Deve pairar — e já pairou —

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comissão traçou um caminho; siga-o até o fim, intemerata!

A moagem entrou já com 8:000 contos nos cofres do Estado: mas ela precisa de entrar com mais dinheiro, e já que a comissão resolveu parte dessa questão, que vá até o fim. Ela já, de resto, .se encontra dentro dos tribunais a dirigir o pleito; pois que continue!

Além disto, a comissão traça pontos de interrogação, dentro do seu próprio relatório, sobre contas que não pôde apreciar, j Vá até o fim, apure tudo! * Mas até mesmo — escute-me V. Ex.a, Sr. António Granjo, — um homem que tem a responsabilidade de mandar para a Mesa um relatório sobre a comissão de ravitaillement não pode, com toda a sinceridade lho digo, não pode, emquanto essa questão não estiver resolvida7 abandonar a comissão. (Apoiados).

O Sr. António Granjo: — Posso; o que não posso é sair do Parlamento.

O Orador: — Sr. Presidente: o Sr. Vaz Guedes, presidente da Comissão de In-

Diário da Câmara dos Deputados

quérito, afirmou,, sentado ou em pé, mas do seu lugar, que o Sr. major Casqueiro, à frente da comissão de ravitaillement, desafiara, em carta, a comissão a ir lá investigar dos actos dela, porque íá se tinham praticado graves escândalos em' que estavam envolvidos vários homens públicos dos mais cotados.

O Sr. António Granjo: — Não me recordo ao certo das palavras do Sr. Vaz Guedes, mas não podiam ser exactamente essas porque o Sr. major Casqueiro não mandou uma carta de desafio à comissão.

A comissão fez uni questionário e mandou-o aos dois presidentes da comissão de ravitaillement: o Sr. major Casqueiro e o Sr. major Simas, creio que hoje ambos tenentes coronéis.

O Sr. Casqueiro, referindo-se aos intermediários, disse que, efectivamente, nessa comissão existiam graves escândalos e que neles estavam envolvidas altas personalidades da República.

O Orador: — Para o meu caso não influem em nada as explicações de V. Ex.a Para o que chamo a atenção da Cá-

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uiciia c pciríi a, ctiirinâÇíiO qiio ±01 -iCim* pelo presidente da Comissão de Inquérito. A comissão fez bem em mandar um seu delegado a Londres, mas contra o que me insurjo é contra essa imprudente afirmação, porque S. Ex.a, afirmando no Parlamento o que os meus ouvidos ouviram, veio lançar a suspeita de que na comissão de ravitaillement existem escândalos tam grandes que desafiou alguém da Eepública a que lá fosse verificá-los.

«Mas ao passo que esta recusa de ili-bação se aplica a alguns, para outros a sua atitude ó absolutamente diversa.

Veja-se, por exemplo, da Comissão de Ravitaillement: o Sr. major Casqueiro, que a chefiou, veio, segundo declarações do Sr. Vaz Guedes, acusar a existência de irregularidades que ele atribui à acção e ínfluôncia de criaturas tam altamente a cotadas que ele desafiara os membros da Comissão de Inquérito a tocarem nelas.