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Sessão de 20 de Julho de L020

E era bom que se constituíssem as juntas autónomas, mas de todas as regiões do País, e já não se daria a demora que se dá com a aprovação do projecto que eu apresentei relativo a Loures. (Apoia( dos}.

Seria bom que se constituíssem as juntas autónomas, sendo necessário que para isso caminhemos.

Sobre instrução, cuja obrigatoriedade foi retirada das nossas leis, pregunto se o Governo tenciona manter o princípio da liberdade absoluta de ignorância em Portugal.

Há afirmações na declaração ministerial que difícil se torna compreender e a minoria socialista precisa que o Sr. Presidente do Ministério a esclareça de maneira a bem poder interpretar tais afirmações.

Disse S. Ex.a que necessitamos de decretar a liberdade do comércio e disse também quo vai montar os armazéns ro-gnladores.

Um aparte do Sr. Presidente do Ministério.

O Orador: —

Se assim ó, eu pregunto por que razão, por exemplo, se há de permitir que a madeira que pelo próprio Estado é vendida em Leiria à razão de 20$, ficando em Lisboa, pronta, a 50$, seja vendida a 120$ e 140$.

Poderia citar casos verdadeiramente escandalosos, como o do fabrico do tijolo que feito manualmente sai a 45$ para depois ser vendido a 120$ e mais.

É pois indispensável que o Governo encare o problema de frente, estabelecendo--se o princípio do máximo de lucros, porque na o podemos assim viver e a melhoria da situação económica não depende somente do barateamento do leite e do feijão.

Torna-se mesmo urgente a adopção de medidas que o resolvam de modo a se evitar o desvio dos capitais dos grandes merceeiros para outros artigos que afectam, da mesma maneira a nossa vida económica, mas cujo comércio está livre de qualquer 'fiscalização ou tabelamento„

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Em Portugal não há industrias.

Apenas existem industrietas sem máquinas, sem fábricas, sem sequer terem crédito, porque o próprio Banco de Portugal, como o Sr. Ministro das Finanças bem sabe, lhos levanta todas as dificuldades, ainda que se trato de industriais inteligentes e deligentes,, não tendo no cm-tanto dúvidas em oferecer milhares de contos à moagem para as suas escandalosas negociatas.

Nós não tomos indústria em Portugal e sem haver indústria em Portugal não pode haver progresso.

O Ministro mais inteligente nada conseguirá, nunca melhorará a nossa situação se não for resolvido o problema económico em Portugal.

Eu já disso e repito, que não vejo direitas nem esquerdas, o que eu queria ver era boa administração e que fossem punidos todos os gananciosos, que fazem lucros de 20 por cento e mais. É preciso acabar com ôste escândalo, é preciso que termine esta burla.

Preciso neste momento preguntar ao Governo o que tenciona fazer.

E preciso quo o Governo veja que não há indústrias em Portugal e as que existem ainda não estão estabelecidas pelos princípios modernos e é preciso que elas se organizem por esses princípios.

Por outro lado os comerciantes estão agravando a nossa situação.

Posso dizer a V. Ex.a que artigos há que são vendidos em Lisboa com 50 por cento e mais, de lucros.

Isto não pode continuar; tem de haver um levantamento industrial, há-do dar-se isto.

Digo isto com a sinceridade que caracteriza sempre as minhas palavras e afirmações.

Sr. Presidente: há também uma pre-gunta concreta que a minoria socialista, entende devor fazer a S. Ex.a o Presidente do Ministério.

^Que pensa S. Ex.* sobre amnistia?

E claro que só considero esta pregun-ta importante para nós, no emtanto ó secundário o assunto em relação à nacionalização .