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Trata-sc, porventura, do empréstimos internos ou externos, ou, contra a opinião várias vezes manifestada polo Sr. Presidente do Ministério pelo Partido Liberal, pensa o Sr. Ministro em recorrer a uma maior inflação ainda da circulação fiduciária?

^ Concorda com a legislação existente, ou está resolvido a modifica Ia?

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£ Quais as relações entre o problema cambial e os problemas do equilíbrio orçamental e do barateamento da vida, e como é que o Governo pensa em solucionar estes sem resolver aquele?

A nada disto alude o celebrado programa, muito embora' nele tenha colaborado o Sr. Inocêncio Camacho, o maior financeiro dos nossos tempos, com licença do Sr. Dr. Afonso Costa... Em compensação, fala-se om vagamente em reduzir despesas, quando temos em perspectiva um aumento da carestia da vida, e um agravamento de câmbios, a continuarem as cousas da governação entregues a tais portentos e competências! E, assim «orno se tudo isto nos não fizesse prever um novo aumento de vencimentos, a fim de que possa viver uma burocracia faminta, exausta e empobrecida, o programa atira-nos à cara com um lugar comum -que já não consegue convencer ninguém.

Do que nos não fala o Sr. Ministro d.as Finanças ó a respeito das suas intenções sobre a proposta dos «lucros de guerra. Aceita-a em princípio, no todo ou em parte? Tudo nos indica que o Sr. Inocêncio Camacho não quis falar no caso, para não assustares seus amigos na «praça», o que grandemente deve ter magoado o coração paternal do Sr. Ministro do Comércio.

Não: nada de assustar os pobres fa-.mintos da Rua dos Capelistas.

Diário da Câmara dos Deputados

Não querem vor os governantes, como não o querem ver os homens das forças vivas que a táctica de poupar os que possuem e de, reduzir à fome o país inteiro, numa moderna reviviscência da escravatura branca, só sorve para arruinar, simultaneamente o Estado e as forças vivas. Aqueles a quem eles acusam de bolche-vistas foram os únicos que, vendo o problema inteligentemente, quiseram salvar da ruína até os seus mais rancorosos inimigos, visto como com essa ruína o país nada aproveitava. Mas os homens da finança estão acostumados a que os políticos lhes limpem as botas, e não compreendendo a altivez do nosso proceder, atiraram-nos como a lobos, sem repararem em que se ferem a si próprios.

Com franqueza, só há um grupo de homens mais medíocres que os homens de governo : que vem a ser os medíocres enfatuados das forças vivas, que, lançando-se numa especulação desenfreada, se criaram a si próprios ilusões perigosas que se manifestam nas suas pretensões de assambarcar um país que não sabem pôr a trabalhar e que se revelam patentemente nas parlendas que arengam nas suas associações.

No que eles são hábeis — os medíocres da Rua dos Capelistas — é no joguinho de porta que fazem com o auxílio de certos políticos que eles dominam a seu bcl-prazer. Há, na verdade, quer na solução das crises, quer nos mínimos factos da nossa vida política, uma forca misteriosa e oculta que parece desempenhar o papel de Deus ex-mágidna, força que leva os republicanos, às vezes os mais sinceros, a mal servir o regime, e que, por meio de agentes especiais, influi até no animo de muitos dos inimigos destes manobra-dores ocultos. Foi à custa destes sábios e complicados malabarismos -da Rua dos Capelistas que se deitou a terra o Sr. António Maria da Silva, para agora nos aparecer o Sr. António Granjo, acolitado pelo Sr. InocGncio Camacho. Não quero dizer que estes senhores tenham qualquer cumplicidade com eles, e, em especial, do Sr. António Granjo sei que não navega muito nas suas águas. Mas o Sr. António, Granjo foi para eles entre dois males — o mal menor.