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Diário da Câmara dos Deputados

podem abstrair, declara-nos a guerra no próprio acto da posse o maior financeiro dos nossos tempos, com licença do Sr. Afonso Costa...

Aceitámos o .repto e, sem perder de vista os interesses do País, como o Sr. Granjo, respondemos no tom condigno, visto como não queremos rivalizar com Cristo, em matéria de apanhar uma bofetada numa face e oferecer a outra ao castigo. Embora isto não agrade a certa imprensa.

Quando da apresentação do Ministério a que presidiu o Sr. António Maria da Silva, estranhou o Sr. António Graujo que os homens que o formavam estivessem deslocados.

Não compreendia 8. Ex.a que ocupasse a pasta da Marinha o Sr. Fernando Bre-derode, grande republicano, republicano de sempre, e que, sendo um "homem ponderado, não duvidou em aproximar-s.o dos novos para lhes comunicar experiência e saber e receber deles o entusiasmo das almas moças.

E verdade que -o Sr. Celestino de Almeida, o Sr. Fernandes Costa, o Sr. Aresta Branco — todos eles «paisaníssi-mos» e todos .eles cúrruligionários du S. Ex.a— haviani o.cupado já a cadeira de Ministros da Marinha.

"Pois bein, esquecendo-se hoje das suas afirmações do ontem a propósito do Sr. Fernando Brederode, como ontem se havia esquecido de factos passados, o Sr. António Granjo não duvidou

1 Também o Sr. Granjo, como leader do Partido Liberal., .achava deslocado na pasta dos Estrangeiros, um homem como o Sr. Francisco António -Correia, conhecedor das directrizes desejáveis da nossa política comercial com o -estrangeiro, trabalhador infatigável e "inteligência privilegiada. Queria-o o Sr. Granjo na'pasta do Comércio e Comunicações, cargo para que, ,de resto, o Sr. Correia' se não julgava o mais idóneo.

Pois o Sr. Granjo que nunca na Câmara, nem em parte alguma, .se revelou conhecedor de assuntos de agricultura e do problema geral do abastecimento do País, o Sr. Granjo, que po.deria dar nm bom Ministro da Justiça ou um óptimo

Ministro do Interior, pela sua queda natural para a solução do magno problema dos regedores, não tergiversou um momento em assumir a gerência da pasta da Agricultura.

Do Ministério dos «Cultos», onde estaria bem, transferiu-se, pois, para o Ministério dos «Incultos», característica da nossa agricultura.

Coia a mesma semcerimónia implantou na pasta da Instrução Pública um artilheiro, que avorou em educador, sem se importar de saber se o problema educativo português se não haja de resolver a tiro de canhão.

Este desrespeito pelos princípios proclamados na oposição é sintomático da decadência a que chegou esta nossa política. Nem, ao menos, nos deixam algum tempo para esquecer as afirmações .a que os homens públicos têm o dever de ligar mais alguma importância do que um chanceler alemão ligaria a tratados internacionais. Não: para a gente não ter tempo de esquccer-se, desmentem invariavelmente num dia aquilo que estiveram a proclamar na véspera.

Sorriu-se o Sr. Granjo do programa do Sr. Autónio Ma.ria da Silva, achando-o vago, impreciso, incolor.

Juro que as palavras de critica de S. Ex.'a se aplicavam em absoluto ao triste programa do seu 'Governo. Não as posso ler porque as nãoôvi publicadas em parte alguma, mas retinem-me ainda nos ouvidos. <_0 castro='castro' de='de' suas='suas' seu='seu' aliado='aliado' álvaro='álvaro' programa='programa' aquele='aquele' frases='frases' sr.='sr.' resumiu='resumiu' o='o' p='p' nestas='nestas' sobre='sobre' as='as' hoje='hoje' tag0:_='lapidares:_' impressões='impressões' xmlns:tag0='urn:x-prefix:lapidares'>

«É fácil e difícil discutir o programa do Governo, .e é difícil, porque duma ma-aeim genérica se pode dizer que não há ninguém, português, espanhol, brasileiro,, ou de qualquer outra nacionalidade, que-não esteja de acordo com os princípio» enunciados».