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Diário âa Câmara dos Deputado»

O Sr. Presidente: — Estão presentes 42 Srs. Deputados. t

O Sr. Viriato da Fonseca : — Ao ter conhecimento dum acto de levantada energia e de clássica coragem e valentia, à antiga portuguesa, praticado, ultimamente, por dois oficiais do nosso exército, eu desejo manifestar a minha sincera admiração e simpatia por ôsses dois oficiais, que assim souberam dignificar o exército e honrar a Pátria, prestando-lhes aqui a homenagem condigna do seu heróico feito.

Dois oficiais aviadores, o capitão Brito Pais e o tenente Beires, fizeram há dias um raiei aéreo do Portugal h Madeira, e, se infelizmente não aterraram nesta ilha. foi isso devido a circunstâncias -fortuitas das condições atmosféricas, que n$o ao seu esforço, à Bua coragem e à sua va-lontia.

Este acto de energia quo é, sem dúvida, uma grande manifestação de carácter, mostra-nos que ainda possuímos aquelas brilhantes qualidades que eram a característica p o apanágio dos nossos antepassados, qualidades de que tanto ca-roccmos, hojo cm dia, para o engrandecimento da nossa Pátria e porventura para a sua salvação.

Acto de coragem, manifestação de valentia, esse rcdd honra Portugal e é, por certo, uma nobre manifestação de carácter que deverá servir do exemplo e modelo a todos os portugueses, sem excepção.

Nesta hora grave o tremenda que passa, a elevação o dignidade de carácter são as maiores forças para se conseguir que a ordem e a disciplina social se firmem no nosso país, e para que todas a's forças se conjuguem, para que todas as vontades se irmanem num esforço homérico, tendente a salvar Portugal do abismo que as inevitáveis consequências da Grande Guerra Jhe abriram na sua frente.

E é por isso, Sr. Presidente, que sem querer discutir, por agora, as benéficas e grandes vantagens que nos advirão da ligação aérea do continente às ilhas adjacentes e mais tarde às nossas colónias de África, eu mo limito a exaltar o signifi-•cado moral desse foito, enaltecendo do alto desta .-cadeira, como Deputado da j Nação e ainda como militar, esses dois ' distintos oficiais, o que equivale a enal- '

tecer e a honrar à nossa Pátria, que ei6 desejo ver cada vez mais rica, cada vez mais forte, cada vez mais respeitada. Tenho dito.

- Vozes: — Muito bom.

O Sr. Domingos Cruz: — Pedi a.palavra para enviar para a Mesa um projecto de lei criando uma caixa do reforma para o funcionalismo.

• O Estado não pode garantir a reforma aos funcionários, pois muitos dôles, depois-de inutilizados, não se podem reformar porque não há verba.

Não pretendo com ôsto projecto tratar integralmente o assunto a quo respeita.. O trabalho quo apresento à 'Câmara é-"uma 'simples base.

Agora, o Governo, com os elementos-de que dispõe, de ordem estatística e de-ordem técnica e administrativa, mais facilmente poderá criar e organizar os respectivos serviços.

Mando para a Mesa o projecto e espero que a respectiva comissão o melhoro o que o Parlamento lhe introduza as modificações que julgar convenientes.

O orador não reviu.

O Sr. Sampaio Maia: — Sr. Presidente: as considerações que vou fazer são dirigidas aos ilustres Ministros do Comércio-e do Trabalho, Como, porCm, não vejo-presente senão o Sr. Ministro da Marinha, eu peço a S. Ex.a quo tome em atenção as minhas palavras, a fim de poder; transmiti-las àqueles seus colegas.

Começarei, Sr. Presidente, por nie referir às obras da praia de Espinho. Coma todos sabem, a praia de Espiuho tem sido invadida pelas águas do mar, que na sua impetuosidade tem arrastado grande-número de prédios existentes naquela populosa praia. . ° ,

Ultimamente, em virtude de obras hidráulicas realizadas sob a direcção dum engenheiro de Aveiro, conscguiu-se atenuar a acção invasora do mar.

Foram feitos uns espigões contra" o-mar, que deram magnífico resultado.