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Sessão de 20 de Outubro de 1S20

se deveriam efectuar, e assim teremos de constatar que em breve'se achará perdido de sois a sete anos de trabalho.

Para ocorrer a este desleixo, que chega a ser criminoso, urgo que o Sr. Ministro do Comércio providencie no sentido do dotar aquelas obras, com a verba necessária para que a defesa de Espinho contra o mar não deixe de se manter.

Espinho bem merece essa atenção da parte do Govôrno, e eu espero que S. JEx.a o Sr. Ministro do Comércio não deixe de atender convenientemente este assunto.

Quanto às considerações que eu já disse que ia fazer em relação a um assunto que respeita à pasta do Trabalho, versam elas sobre a deficitária situação económica do asilo distrital de Aveiro.

São relevantes os serviços prestados por esta instituição à indigência daquele distrito e, portanto, a todo o transe se deverá evitar que ela deixo de continuar o desempenho da sua humanitária função.

S. Ex.a o Sr. Ministro do Trabalho já lhe concedeu um subsídio que foi atenuar um pouco o seu déficit orçamental. Isso porém não basta. Pois este ano o asilo deve ainda fechar as suas contas com um déficit do 12-contos, pelo menos, e maior ele seria se aquele subsídio não houvesse sido dado.

Nestas condições, é impossível manter -se aquele asilo que, seja dito de passagem, por um lamentável esquecimento não foi contemplado na distribuição do verbas que se realizou pelos estabelecimentos de beneficência, em virtude duma lei aqui aprovada.

Ora, para que a indigência do distrito de Aveiro não seja privada dos benefícios de tal instituição, torna-so indispensável que S. Ex.íl o Sr. Ministro do Trabalho acuda com a indispensável verba às necessidades do referido asilo.

Desejava também chamar a atenção do Sr. Ministro do Comércio para o estado verdadeiramente lastimável em que se encontra a estrada distrital n.° 10, de Es-ihoriz ao Picoto.

É certo qu'i o Sr. Ministro do Comércio já mo prometeu fazer essa reparação, mas vão passados dois longos meses e nada há feito.

A estação de Esmoriz ó das mais importantes no seu movimento do transpor-

tes comerciais, e isto mercê das numerosas fábricas que aquela laboriosíssima terra possui.

E, pois, íibsolutamente indispensável tornar transitável a • estrada que dá acesso àquela importante estação de caminho de ferro.

O Sr. Ministro da Marinha (Pais Gomes):— Pedi a palavra para dizer a V. Ex.a, Sr. Sampaio Maia, que transmitirei ao Sr. Ministro do Trabalho as suas considerações.

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (Velhinho Correia):—Respondendo ao Sr. Sampaio Maia, direi que já' ontem assinei a portaria que concede a verba para as obras de Espinho.

Quanto às obras nas estradas, as disponibilidades são tam pequenas que pouco se pode fazer; todavia, com uns saldos que tenho, vou ver ^e alguma cousa. se pode efectuar.

O Sr. Ministro da Guerra (Helder Ribeiro):— Sr. Presidente: pedi a palavra para mandar para a Mesa duas propostas. Urna refere-se aos duodécimos de Julho a Outubro, que têm sido muito excedidos. Peço urgência.

A outra refere-se à ordem pública.

Conhece V. Ex.a o que se tem passado-com as várias greves, e, para assegurar a ordem e manter íntegro o prestígio da autoridade, foi necessário convocar as duas classes mais modernas, para o efectivo que está poder folgar, e, ao mesmo tempo, poder fazer face a qualquer eventualidade.

Esse número foi acrescido pela necessidade de se fazer a reorganização do batalhão de caminhos de ferro e é com or--gulho que registo a atitude da força armada, que sempre correspondeu e continua a corresponder à confiança que nela se deposita, podendo a República contar com ela.

Ainda há a acrescentar a criação dos serviços de transportes no Ministério da Guerra, o que permitiria assegurar ern todo o país o transporte das subsistên-cias.