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terra, pois que o número de operários pa-ralizados orça já por alguns milhões.

E aproveito a ocasião de estar com a palavra para fazer saber ao Sr. Presidente do Ministério que no Porto, e contra o que dispõe um decreto, se permitiu a exportação de máquinas de fiar lãs da fábrica chamada do Pilar, não se consultando os elementos dessa indústria.

De forma que, havendo no nosso País bastante indústria de laniíícios, mas havendo também insuficiência de aparelhos para fiar, essa indústria ficou como' que som bases, visto que, não tendo fiação interna, tem de a pagar ao estrangeiro, o que é muito mais oneroso.

Pedia ao Sr. Presidente do Ministério, para se ocupar deste assunto, e dizer alguma cousa à Câmara, visto que a indústria de lanifícios do Porto está descontente, por se ter permitido a exportação dos maquinisuios da Fábrica Pilar.

Esses maquinismos ainda há dias estavam no país, por não ser fácil o seu transporte para Espanha, para onde foram vendidos, devido à greve dos caminhos de ferro.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro da Agricultura (António Granjo):— Sr. Presidente: todo o mundo se ressentirá da greve dos mineiros ingleses. Portugal há-de ressentir-se também, mas os fornecimentos de carvão para Portugal não são feitos exclusivamente da Inglaterra.

Portugal íornece-se também da América, em escala já hoje relativamente grande, e os navios dos Transportes Marítimos e da Empresa Nacional fornecem--se também de carvão transvaliano em Lourenço Marques.

Mas os fornecimentos de carvão transvaliano não são suficientes para a indústria e serviços nacionais.

Como já anunciei à Câmara, o Governo tinha conseguido um contrato que lhe garantia o fornecimento, por mês, entre 20:000 e 30:000 toneladas de carvão de Cardiff, e contava o Governo receber esta semana o primeiro carregamento de 10:000 toneladas. Não era o suficiente para o consumo nacional, mas era o suficiente para se regularem e estabilizarem os preços do carvão em Portugal.

Sem poder dar uma resposta decisiva, tenho a esperança de que esse carrega-

Diârio da Câmara dos Deputado»

mento de 10:000 toneladas chegará ao Tejo.

A convenção que se fez com a Inglaterra nesse sentido é em tudo semelhante às que este país tem feito com a França e com a Itália, e por isso tudo leva a crer que será efectivado.

Em todo o caso, se estas medidas de previdência não forem suficientes, ter-se há de lançar mão dos expedientes usados em toda a parte em circunstâncias idênticas, como a supressão dalguns comboios e a redução do consumo em geral.

Eelativamente à segunda parte das considerações do ilustre Deputado, Sr. Manuel José da Silva, o assunto a que S. Ex.a se referiu corre pela pasta do Comércio, e eu comunicarei ao meu colega, titular dessa pasta, as palavras de-S. Ex.a'

O orador não reviu.

O Sr. Malheiro Reimão: — Sr. Presidente : peço a V. Ex.a que consulte a Câmara sobre se consente que se inclua na ordem do dia o parecer n.° 187, que trata da reconstrução da Garage Militar.

E um assunto de simplos o rápida discussão, e que s trará grande economia ao Estado se for votado já.

O Sr. Presidente : — Estão presentes 63 Srs. Deputados, número insuficieme para deliberar.

Está em discussão a acta.

Pausa.

O Sr. Presidente: — Se ninguém pede' a palavra sobre a acta, considero-a aprovada.

Foi aprovada a acta.

O Sr. Ministro da Guerra (Helder Ribeiro):— Sr. Presidente: peço para as duas propostas de lei que mandei para a, Mesa urgência, e para a segunda também dispensa do Eegimento.

O Sr. Costa Júnior:—Peço à Câmara que, em , relação à segunda proposta do-Sr. Ministro da Guerra, o requerimento de S. Ex.a seja dividido em duas partes:, uma relativa à urgência e a outra à dispensa do Regimento.