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O Sr. Ministro das (Jolónias é mu político como nós.

Êsso teni inveterado o hábito da dissidência; trouxe-o da monarquia -para á liepública. A Câmara eOnhece-o também eònib ou, por isso úio dispenso de criticá-lo alongai lamente.

Não quero referir-me ali resto dos oú-t'ros Ministros, pois teria de falar dó Sr. Júlio Dantas ; e como já uma A-OZ aqui pratiquei uma irreverência, abstenho-i no de l lie lazer qualquer referência, ó somente direi (}iie é n maior íigúra da literatura do todos os tempos o ainda dos tempos presentes sob o aspecto d á literatura comercial.

Sr. Presidente: de. resto, ainda faltam duas pastas para preencher, e no meu espírito surge A dúvida-de qiie não vá dar-se, mais alguiiia scisão, a qual já anda na forja.

Sr. Presidente: eram .estas as considerações que eu tinha de produzir em relação à composição do' actual ministério..

Tenho nesse Ministério, amigos velhos e dedicados, não só no caiiipo pessoa] como no campo político em que combatemos quando foi cia propaganda. Para destacar um deles, ou lembrarei o Sr. Júlio Martins, o extraordinário almirante da mari-nlia portuguesa, que a vai fazer ressurgir com o auxílio e tradição dos velhos e heróicos marinheiros portugueses.

Como já disso, repito, homem contra homem no terreno da política.

Sr. Presidente: a constituição deste Ministério é ilcgalíssiniá. pois não tem maioria parlamentar ,quo o apoie. A declaração ministerial, escrita em género de literatura política, nada nos diz cm relação à maior parto dos problemas, deixando à margem os altos e extraordinários problemas que afectam riãò áó a vida de Portugal, más -do mundo inteiro! É escrita na mais flagrante ignorância da existência dó um problema económico e social; é escrita até sem uma palavra do taúi palpitante problema internacional'.

E já que falo neste aspecto, permita-me V. Ex.a que relembre à (.'amara alguns factos.

Creio eu — e se estou em erro S. Ex.a que emende—quê foi o Sr. Álvaro de Castro quem se pronunciou pela continuidade de pessoas que sobraçaram a pasta dos estrangeiro s.

Diário d A Câmara doo Deputado Ê

Pois bem, havendo duas vagas no Ministério, è sendo o Sr. Domingos Pereira, unia pessoa qlie rilinca nós deu conhecimento que" se interessasse pelos assuntos que hoje correm pela pasta dos Estrangeiros, é de estranhar que o nome do Sr. Melo Barreto hão figuro na composição do gabinete, o (MI não quero fom está referôn-cia contribuir para avolumar os boatos que circulam, sem dúvida para formar mais uiliá intriga.

Este Ministério, pelas circunstancias do minoria pa.rlaihentar, feito do t-bnconti-a-ção, inversa, encontra-se som cor definida.

E formado pelos IIOA?ÓS grupos ou partidos, apenas, sem correspondência com d opinião nacional.

O critério visado em Portugal tem sido sempre O de se fazer tjartido no GKUvêrrio' para atacar os outros partidos.

É vim aspecto interessantíssimo, cuja análise eu faço corajosamente, já porque' não sou homem de nieias palavras, já porque prefiro os adversários leais o declarados aos adversários disfarçados, encobertos, aiionimados numa Série de ardis e dê estratagónuis que abastardani a acção" política por não serem legítimos.