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Diário da Câmara dos Deputados
Do Centro Democracia Crista e Grupo Propaganda Católica, do Pôrto.
Do Círculo dos Operários de Vila do Conde.
Dum grupo de industriais e comerciantes de Arcos de Vai de Vez.
Do regedor do Ariosa e Capareiros (Viana do Castelo).
Do Arciprestado de Carregai do Sal e Mangualde.
Do Arciprestado e Centro Católico de Arcos de Vai do Vez.
Do pároco de Távora (Arcos de Vai do Vez).
Do regedor e juntas de freguesia de Abedim e Portela (Monsão); Alvim e Tabaco (Arcos do Vai de Vez); Paradela e Pereira (Barcelos); Alcofra (Vouzela); Cambas (Oleiros) e Morta (Sabugal).
Para a Secretaria.
Antes da ordem do dia
O Sr. Presidente: — Vai entrar-se no período de «antes da ordem do dia».
O Sr. Paulo Cancela de Abreu: — é V. Ex.ª, Sr. Presidente, informa-mo se o Sr. Ministro na Justiça se encontra na Câmara?
O Sr. Presidente: — Não, senhor.
O Orador: — Então peço a atenção do Sr. Ministro do Comércio.
Sr. Presidente: ainda não é a altura de nós nos ocuparmos com o devido desenvolvimento dos escândalos da Exposição do Rio de Janeiro.
Pedi a necessária documentação, e, quando tiver a sorte de a obter, coligirei os devidos elementos para, sôbre êste assunto, realizar uma interpelação ao Sr. Ministro do Comércio.
Se agora me vou referir a êste assunto é porque veio publicada nos jornais a notícia de que foi mais uma vez adiada a abertura do pavilhão das indústrias.
Apareceu posteriormente uma outra notícia, originada em um telegrama do Sr. Embaixador no Rio de Janeiro, que, não desmentindo a primeira, afirmava ser menos verdade que tivesse estado, dia, marcado para abertura do pavilhão.
Esta segunda notícia do Sr. Embaixador teve por fim destruir o efeito desgraçado da anterior.
A conclusão a que se chega é de que ainda mesmo, que o prazo da exposição seja prolongado, a oportunidade que ela oferecia, na parte relativa à nossa representação, desapareceu.
Desejava que o Sr. Ministro do Comércio me informasse sôbre a data provável em que será inaugurado o pavilhão das indústrias.
Quando no ano passado discutimos aqui o aumento das verbas para a construção dos pavilhões, o próprio Sr. Ministro do Comércio declarou que êsse dinheiro chegaria, e que os pavilhões poderiam abrir dentro de um pequeno prazo.
A verdade, porém, é que vai já decorrido quási um ano, o ainda se não sabe quando abrirão.
Continuamos gastando dinheiro sem proveito, com a agravante de a imprensa noticiar, e o próprio Sr. Embaixador confirmar, que os embaraços têm provindo de dificuldades criadas por entidades oficiais do Rio de Janeiro.
!Se isto é verdade, merece o nosso maior protesto.
Não se compreende que da parte da» autoridades brasileiras se levantem embaraços, por motivo de ordem aduaneira ou por quaisquer outros.
Há muitos meses que pedi os documentos relativos aos pavilhões, e, até hojer não me foram enviados. Tenho o direito de protestar.
No tempo da monarquia, quando um Deputado republicano pedia documentos e iião lhe eram enviados logo, subia ao rubro a indignação deles.
O Sr. Ministro do Comércio não pode ocultar êsses documentos, e eu peço a S. Ex.ª que me faculte o eu ir ao seu Ministério consultar os relatórios do Sr. Dr. Duarte Leite.
O Sr. Presidente: — V. Ex.ª tem tempo esgotado.
O Orador: — Vou terminar.
É para lamentar o que se tem dado com a exposição do Rio de Janeiro.
É desprimoroso não só para a República, o que não me importa, mas para o país o que muito me preocupa.
Apoiados.