O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

10
Diário da Câmara dos Deputados
acaba de propor. Nada vejo que possa justificar o requerimento de S. Ex.ª Trata-se dum acto moral, e se o requerimento para ser retirado da discussão o projecto obedece ao facto de se saber se o Sr. Ministro da Guerra toma a responsabilidade, com a sua opinião e, porventura, com o seu voto, se fôr Deputado, numa medida de alto alcance moral, não me parece necessária a sua presença, porque não há ninguém que possa ter parecer contrário.
O projecto, embora não tenha ainda o parecer da comissão, e do mais alto alcance moral. Êle visa a um fim, que foi tornado conhecido pela imprensa. É êle, pois, do conhecimento do País, a quem não é indiferente o destino do exército.
As vantagens de ordem moral são enormíssimas.
O projecto é conhecido, repito, de todo o País.
Eu não compreendo que o Sr. Lelo Portela venha mais uma vez adiar a sua discussão, que já é sobejamente conhecida por toda a Câmara, e que há já bastantes dias que está inscrita na ordem do dia.
O requerimento do Sr. Lelo Portela é, a meu ver, um desejo de fazer politica partidária, e por isso não lhe dou o meu voto.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Lelo Portela (sôbre o modo de votar): — Sr. Presidente: o projecto que ia entrar em discussão quando apresentei o meu requerimento traz grandes alterações à organização do exército, e por êsse motivo entendo que não devo ser discutido sem a presença do Sr. Ministro da Guerra. De resto, é o próprio Regimento que determina que nenhum projecto pode ser discutido sem a presença do relator ou do Ministro por cuja pasta corre o assunto a êle relativo.
Quanto às palavras que o Sr. Pires Monteiro me dirigiu, dizendo que o meu requerimento obedece a fins políticos, do volvo-as à procedência, porquanto nunca na minha vida fiz política quando se trata de assuntos militares.
Tenho dito.
O atador não reviu.
Foi aprovado o requerimento do Sr. Lelo Portela.
O Sr. Carvalho da Silva: — Requeiro a contraprova e invoco o § 2.º do artigo 116.º do Regimento.
Procedeu-se à contraproca e contagem.
O Sr. Presidente: — Estão presentes 54 Srs. Deputados. Não há número. Vai fazer-se a chamada.
Fez-se a chamada e foi aprovado o requerimento.
Disseram «aprovo» os Srs.:
Adriano António Crispiniano da Fonseca.
Alberto Lelo Portela.
Amaro Garcia Loureiro.
Angelo de Sá Couto da Cunha Sampaio Maia.
Aníbal Lúcio de Azevedo.
António Abranches Ferrão.
António Albino Marques de Azevedo.
António Augusto Tavares Ferreira.
António Correia.
António Joaquim Ferreira da Fonseca.
António Mendonça.
António Pinto de Meireles Barriga.
Armando Pereira de Castro Agatão Lança.
Artur Brandão.
Artur Virgínio de Brito Carvalho da Silva.
Augusto Pires do Vale.
Baltasar de Almeida Teixeira.
Bernardo Ferreira de Matos.
Carlos Cândido Pereira.
Carlos Eugénio de Vasconcelos.
Constâncio de Oliveira.
Delfim Costa.
Francisco Cruz.
Hermano José de Medeiros.
João Estêvão Aguas.
João Pereira Bastos.
João de Sousa Uva.
Joaquim José de Oliveira.
Joaquim Narciso da Silva Matos.
Jorge de Vasconcelos Nunes.
José Carvalho dos Santos.
José Domingues dos Santos.
José Mendes Nunes Loureiro.
José Pedro Ferreira.
Júlio Gonçalves.
Lúcio de Campos Martins.
Luís da Costa Amorim.
Manuel Alegre.
Manuel Eduardo da Costa Fragoso.
Manuel Ferreira da Rocha.