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Diário da Câmara dos Deputados
Uma voz: — Olha como elas se descobrem!
Risos.
O Orador: — Depois S. Ex.ª manteve sempre comigo as melhores relações de amizade, e eu tenho sempre sido para com êle da maior correcção dentro e fôra desta Câmara.
Ora como é que S. Ex.ª, que vê no grupo parlamentar que acaba de formar-se pessoas que têm manifestado sempre correcção para com S. Ex.ª e até para o seu Partido, se manifesta com palavras jocosas a respeito dêle?!
Apoiados.
Pois não sabe S. Ex.ª que estive no Partido Nacionalista e jamais pedi nêle uma situação de destaque ou lhe servi de qualquer estorvo?!
Apoiados.
E o mesmo sucedeu dentro do Pai tido Democrático, onde ainda, conto amigos.
De resto, também outros amigos meus se têm manifestado da mesma forma para com S. Ex.ª
E estranho, pois, que no grupo parlamentar monárquico, onde tenho companheiros de Coimbra, além do Sr. Carvalho da Silva, a quem dedico uma verdadeira estima, e como o Sr. Manuel Duarte, a quem me liga uma velha amizade também, houvesse quem, como o Sr. Carvalho da Silva, aproveitasse o ensejo das minhas declarações para fazer considerações jocosas e descabidas nesta Câmara sôbre o assunto.
Quero ainda aproveitar o ensejo para me referir às palavras do Sr. Barros Queiroz, eminente parlamentar e verdadeiro republicano, a quem me ligou sempre uma velha amizade, mesmo antes de eu fazer parte do Partido Nacionalista.
Segundo depreendi das suas afirmações, parece que S. Ex.ª julgou que eu tinha considerado que o Partido Nacionalista não tinha cumprido o seu dever.
Àpartes.
Não podia ter sido essa a minha intenção, porque, quando o Govêrno do Sr. Ginestal Machado atravessava uma situação precária no Parlamento, quando êsse Govêrno necessitava de um voto mais para se manter no seu lugar, eu não faltava a vir ocupar a minha cadeira.
Trata-se de apreciar a atitude do grupo de que faço parte e que não quere reivindicar senão o respeito à lei e à Constituïção, sem ofensa para ninguém.
Eu não costumo nunca associar-me a atitudes que são contra a minha consciência, e votei sempre conscienciosamente, convencido também que ninguém quis votar contra a Constituïção.
Tenho dito.
O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando, nestes termos, restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.
O Sr. Carvalho da Silva: — Sr. Presidente: não julguei que o meu amigo, Sr. Alberto Xavier, visse razão nas minhas palavras para se magoar, tanto mais que tive todo o cuidado de não pronunciar palavras que pudessem parecer de menos consideração para qualquer membro do sou grupo.
S. Ex.ª veio recordar o nosso passado político do café Maninho.
Efectivamente, recordo-me de encontrar S. Ex.ª várias vezes combatendo com entusiasmo o partido do Sr. João Franco, que tam numèricamente está representado nesta Câmara.
Àpartes.
Feitas estas considerações, eu devo dizer que as cousas tristes não devem ser só encaradas por êsse aspecto, mas sob todos os aspectos que porventura possam ter.
Àpartes.
Termino, declarando que o meu procedimento não teve o menor intuito de depreciar os membros do novo agrupamento político desta Câmara.
Tenho dito.
O orador não reviu.
Entra em discussão o parecer n.º 266-A, que determina a situação dos agentes da autoridade mortos no serviço da Pátria.
É lido na Mesa e, em seguida, aprovado na generalidade.
Entra em discussão na especialidade.
Lê-se o artigo 1.º
O Sr. Carvalho da Silva: — Sr. Presidente: esta proposta é discutida em condições especiais, porquanto não há Govêrno.
Se o houvesse eu teria mais uma vez ocasião de lhe pedir toda a sua boa von-