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Sessão de 2 de Julho de 1924 29

a monarquia e defenderem os princípios da República.

São apenas quatro ou cinco, o que dá uma despesa mínima. Esta despesa não é para o Estado, mas sim para a caixa de reformas.

Não é um caso novo em Portugal. Já no tempo da monarquia se fez isso; mas agora, pelo motivo porque é, não agrada ao Sr. Carvalho da Silva.

Eu protesto contra as palavras do Deputado monárquico, que julga que ainda vive a monarquia, quando vive a República, e com muita satisfação para os republicanos e pesar para S. Exa.

O que a República tem feito mal é em ser tam benevolente e permitir que os monárquicos a tenham corrompido.

Mais uma vez protesto contra as palavras do Deputado monárquico. Não posso permitir que sucessivamente se fale em escândalos que de facto não existem.

O projecto é moral é justo e a sua aprovação impõe-se.

O orador não reviu.

O Sr. Carvalho da Silva: — Eu compreendo que S. Exa. precisasse de arranjar um fundamento para dar motivo às suas palavras, Daí a necessidade de ter de se valer dum velho processo, muito em voga nos tempos em que ainda havia ingénuos que acreditavam em tudo quanto só dizia contra a monarquia. Êsse processo, porém, por desacreditado, não surte os desejados efeitos, e, assim, S. Exa. esteve positivamente a perder o seu tempo.

O S. Correia Gomes, tendo começado por dizer que êste projecto não trazia aumento de encargos para Estado, acabou por reconhecer e confessar que de facto tal não sucedia, muito embora êsse aumento de encargos fôsse deminutíssimo.

Ainda mesmo que êsse aumento fôsse pequeno - que não é — bastava o lado moral da questão para imediatamente sé impor a rejeição, dêste projecto. Efectivamente, não se compreendem aumentos de despesa, grandes ou pequenos, sobretudo com o carácter dêste, no momento em que se pretende arrancar completamente a pele ao contribuinte e a dois dias de se ter ido até b ponto dê reduzir os juros da dívida externa.

Por estas razões espero que a Câmara, reconhecendo o aspecto escandaloso dêste projecto, lhe não dará o seu voto.

Tenho dito.

O orador não reviu.

É aprovado o parecer na generalidade.

O Sr. Carvalho da Silva: — Requeiro a contraprova e invoco o § 2.° do artigo 116.°

Procede-se à contagem.

O Sr. Presidente: — Estão sentados 34 Srs. Deputados e de pó 7. Não há número. Vai proceder-se à chamada. Procede-se à chamada.

Disseram «aprovo» os Srs.:

Abílio Correia da Silva Marçal.

Albano Augusto Portugal Durão.

Alberto Ferreira Vidal.

Amadeu Leite de Vasconcelos.

Angelo de Sá Couto da Cunha Sampaio Maia.

Aníbal Lúcio de Azevedo.

António Albino Marques de Azevedo.

António Augusto Tavares Ferreira.

António Correia.

António Maria da Silva.

António Pais da Silva Marques.

António Resende.

Baltasar de Almeida Teixeira.

Carlos Eugénio de Vasconcelos.

Delfim Costa.

Ernesto Carneiro franco.

Feliz de Morais Barreira.

Francisco Dinis de Carvalho.

Germano José de Amorim.

Jaime Júlio de Sousa.

João Estêvão Águas.

João José da Conceição Camoesas.

João de Ornelas da Silva.

João Salema.

Joaquim Narciso da Silva Matos.

José Cortês dos Santos.

José Joaquim Gomes de Vilhena.

José Mendes Nunes Loureiro.

José Pedro Ferreira.

Júlio Gonçalves.

Lourenço Correia Gomes.

Lúcio de Campos Martins.

Luís António da Silva Tavares de Carvalho.