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4 Diário da Câmara dos Deputados

do segando, para um facto que reputo da máxima gravidado.

S. Exa. tem como delegado do Govêrno em Mação, concelho do meu círculo, um homem que, em vez do manter a ordem, procura, por todas as formas, estabelecer e provocar a desordem.

Ora, Sr. Presidente, isto não está bem. Ao delegado do Govêrno compete manter a ordem e velar pelo respeito e cumprimento da lei.

Sr. Presidente; há sempre velhas rixas que vêm à supuração quando nas diferentes localidades se encontra uma autoridade que não sabe cumprir o seu dever o que, em voz de ser um órgão essencial para o exercício das várias actividades particulares, evitando que elas se entrechoquem, permito que os arruaceiros armem uma desordem o enxovalhem uma criatura, meu correligionário o pessoa pacífica, durante mais de uma hora.

Sr. Presidente; dentro de uma democracia entendo que cabem todas as aspirações políticas e religiosas, o aquilo que é do foro íntimo jamais pode ser devassado por qualquer lívro-pensadeiro ou por qualquer pessoa truculenta, sem respeito pelos outros nem por si própria.

O que só passou em Mação, com a cumplicidade do delegado do Govêrno, foi motivado por uma arraia religiosa, ou como dizem os católicos, sagrada, indo os desordeiros provocar o vigário, pessoa de toda a respeitabilidade, enxovalhando e finalmente esfaqueando indivíduos que estavam junto dêle.

Ora o meu protesto deriva do facto do o delegado do Govêrno, em vez do prender os criminosos, passar horas depois em companhia dêles, permitindo que provocassem os habitantes que tinham manifestado a sua simpatia pelo vigário.

Sr. Presidente: em matéria religiosa sou insuspeito, porque não entro numa igreja senão para testemunhar um acto que não repugna à minha inteligência nem ao meu modo do ver, porque respeito todas as opiniões o crenças.

Porém, isto não impede que eu verbere com toda a indignação da minha alma o caso que se passou, porque, como já disse, entendo que numa democracia cabem todas as aspirações políticas o religiosas. E contra o que se passou que eu protesto.

Isto diz respeito ao Sr. Presidente do Ministério e Ministro do Interior.

Sinto também que mio esteja presente o Sr. Ministro do Comércio, que nesta Câmara apareço sempre tardo o a más horas, porque desejo preguntar a S. Exa. o que é feito do célebre relatório, que aqui nos prometeu trazer, sôbre a forma por que S. Exa. deseja solucionar o grave problema das vias de comunicação.

Sr. Presidente: tenho de tomar novamente a minha iniciativa, passando por cima dos membros do Govêrno, que não apresentam eram mentirosas promessas, Govêrno que até agora não tem feito outra cousa senão ludibriara Nação, servindo-se miseravelmente da especulação torpo de que deseja defender os interêsses do povo.

É preciso não confundir o povo honrado, o que trabalha, com a escumalha que não tem nada, nem mesmo vergonha para perder.

Jamais consentirei que um Govêrno venha a esta Câmara com essas mentire-las, com essas torpes burlas.

Ainda ontem aqui se provou, na questão do pilo, que o Govêrno quis armar à popularidade fácil, consentindo que se elevasse o preço da farinha o dizendo que a fiscalização fecharia os olhos à falta do pêso no pão.

Isto é um roubo autêntico.

Se o Govêrno só demorar ainda nas cadeiras do Poder, isso constituirá a última das ignomínias, a última das forças, a que urge pôr termo.

Apoiados.

Êste estado do cousas só se mantém à custa do um povo que está cansado, de sofrer o a quem se arranca a pele, não se lhe dando em troca benefício algum.

Entra a Sr. Ministro do Comei do e Comunicações.

O Orador: - Ainda bem que entrou o Sr. Ministro do Comércio, pois desejo mais uma vez chamar a atenção de S. Exa. para o estado lastimoso em que se encontra a totalidade das estradas, com prejuízo da economia da Nação.

Hoje, que os povos procuram abastecer-se a si próprios o produzir mais e melhor, as vias do comunicação têm uma transcendente importância e, portanto, a