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4 Diário da Câmara dos Deputados

peço a V. Exa. que me reserve a palavra para quando S. Exa. vier, tanto mais que estou informado de que êle deve estar a chegar.

Pausa.

O Sr. Presidente: - Peço a atenção da Câmara.

Tenho a informar o Sr. Delfim Costa que o Sr. Ministro das Colónias me comunicou não poder comparecer nesta Câmara por estar no Senado tomando parte numa discussão.

O Sr. Júlio Gonçalves : - Sr. Presidente : requeiro a V. Exa. para que entre imediatamente em discussão uma emenda aprovada no Senado ao parecer n.° 350, que autoriza o Govêrno a contrair um empréstimo destinado à construção de uma escola industrial na Figueira da Foz.

Foi aprovado.

O Sr. Alberto Jordão:- Requeiro a contraprova o invoco o § 2.° do artigo 116.°

Feita a contraprova, verificou-se estarem de pé 12 Srs. Deputados e sentados 50, pelo que foi considerado aprovado o requerimento.

È lida na Mesa a emenda do Senado.

O Br. Alberto Jordão : - Depois do uma ausência algum tanto demorada, depois de um período durante o qual os trabalhos parlamentares foram decorrendo muito em família, depois que, Sr. Presidente. o Grupo Parlamentar Nacionalista entendeu dever deixar à vontade os donos da Nação. . .

Vozes:- Não apoiado!

O Sr. Tôrres Garcia (Interrompendo): - V. Exa. não tem o direito de produzir essas considerações.

O Orador: - . . .Volto a usar da palavra nesta casa do Parlamento. Dá-se o caso, Sr. Presidente, de eu ter sido eleito como tantos outros que aqui se encontram, a quási totalidade creio eu, e portanto, não obstante a série do heresias que tenho ouvido, desde a hora que entrei aqui de novo até agora, entre as quais avolumam os verdadeiros atentados aos direitos de todo e qualquer cidadão, tais, como exemplo, as afirmativas produzidas por um dos membros do Govêrno, o Sr. Ministro da Justiça e dos Cultos, o ainda mais, depois do haver um outro membro do Govêrno que fez a afirmativa extraordinária- que eu posso, talvez, sem desprimor, taxar do extravagante.. .

O Sr. Carneiro Franco (interrompendo):- Mas que tem isto com o projecto?
O orador está fora da ordem.

O Orador:-Eu provarei a V.. Exa. como não estou fora da ordem.

Sr. Presidente: dizia eu que depois de um membro do Govêrno ter sustentado a legitimidade com que determinados parlamentares aqui estariam - possivelmente pela forma como a cousa foi dita os parlamentares nacionalistas, no número dos quais tenho a honra de contar-me - eu volto a entrar na discussão dêsto assunto, que é hoje o primeiro que à Câmara foi apresentado.

Faço-o, Sr. Presidente, justamente porque entendo que, depois das afirmações aqui produzidas, que são do conhecimento de toda a Câmara e já agora do País, eu acho que mo não cabe o direito do deixar passar tudo e mais alguma cousa, carros e carrêtas, como sucedeu na última sessão da Câmara dos Deputados, em que, pondo-se de parte assuntos de alta importância, deu-se pressa e o previlégio à criação do uma freguesia que eleitoralmente interessava ao Sr. Abílio Marçal, homem da maioria.

Ora, Sr. Presidente, acho que procedo muito bem- e creio que estou absolutamente dentro do desempenho das minhas funções- intervindo nos assuntos que se discutem, muito embora indo um pouco de encontro àquelas intenções que determinaram o reingresso aqui dos nacionalistas.

Posto isto, e parecendo que isto não se liga ao assunto em discussão, tem, entretanto, justificação de sobejo, porquanto necessário era dizer à Câmara o motivo que me leva a intervir na discussão dêste parecer.

Agora, fazendo a vontade a alguns Srs. Deputados, vou referir-me de uma maneira precisa ao assunto que é pôsto à consideração da Câmara.