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4 Diário da Câmara dos Deputados

vado o pedido apresentado pelo Sr. Deputado António Correia, Para a Secretaria.

O Sr. Presidente: - Vai entrar-se no período de

Antes da ordem do dia

O Sr. Dinis de Carvalho: - Peço a V. Exa., Sr. Presidente, se digne consultar a Câmara - isto quando houver número - sôbre se permite que entre imediatamente ora discussão o parecer n.° 927.

O Sr. Sousa da Câmara: -Sr. Presidente: quási não valia a pena falar sôbre o assunto que desejava versar, pois que não está presente nenhum Sr. Ministro, Parecia que os Srs. Ministros se deviam lembrar de que é exactamente no período de antes da ordem do dia que se podem fazer quaisquer reclamações, e que, não se dando S. Exas. ao trabalho de aqui vir, ficaremos inibidos de as formular.

Volto hoje, Sr. Presidente, a insistir num assunto que já aqui tratei pôr várias vozes, o da existência de algumas fábricas de guano nas imediações da Ajuda.

Tenho quási a certeza de que as minhas reclamações não serão ouvidas por quem de direito.

Não desejo a ruína da indústria do guano; mas o que desejo é o seu aperfeiçoamento, de modo que o fabrico não incomode os habitantes de uma região extensíssima.

Depois de ter feito aqui as minhas reclamações, já se instalou mais uma fábrica naquela região, sendo de notar que o apodrecimento da carne e do peixe se faz em tanques ao ar livre, com grave prejuízo para a saúde pública, além do incómodo cheiro que se emana, e que se Mo pode tolerar.

Desejava que o Sr. Ministro do Trabalho se interessasse pelo assunto, de sorte que essa indústria não continue a explorar-se por processos tam primitivos, mas sim como lá fora, em que os guanos são, afinal, mais ricos em azote, visto que êste se não evola para a atmosfera.

Era isto,. Sr. Presidente, que eu desejava dizer ao Sr. Ministro do Trabalho, se S. Exa. aqui estivesse.

É possível que as minhas palavras lhe cheguem aos ouvidos, e que S. Exa. se digne providenciar por forma a evitar êste abuso, porque é realmente um abuso incomodar tanta gente.

São êstes os meus votos.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Constâncio de Oliveira: - Sr. Presidente: requeiro que entro imediatamente em discussão o parecer n.° 797, que já está inscrito no período de antes da ordem do dia, e que se refere à cedência do bronze para o monumento do Patrão Joaquim Lopes.

O Sr. Tavares de Carvalho: - Sr. Presidente: requeira que entrem imediatamente em discussão as emendas do Senado ao parecer n.° 878.

O Sr. Francisco Cruz: - Sr. Presidente: desejava saber o motivo por que a Câmara está sem produzir trabalho.

Eu sei, Sr. Presidente, que há uma hora, antes da ordem do dia, destinada a durante ela, serem tratados diversos assuntos; mas, infelizmente, os Srs. Deputados não a podem aproveitar, porque os Srs. Ministros não se dignam aparecer aqui.

Eu desejava pedir ao Sr. Ministro das Finanças que me dissesse o preço por que ficam ao Estado as caixas de fósforos.

Desejava também saber se as caixas do fósforos são directamente entregues ao retalhista, ou se há algum intermediário.

Desejava, ainda, saber o lucro que o Estado tem com a venda dos fósforos, para avaliar o que representa o novo regime dos fósforos, quando há centenas de operários sem trabalho.

Mas o que me levou a pedir a palavra, para interrogar a Mesa, foi saber por que se não passa à ordem do dia, não havendo antes da ordem quem use da palavra, ou não se discutindo os pareceres para os quais requereram discussão alguns Srs. Deputados. Se não há número, por que se abriu a sessão?

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: - Estou cumprindo, o artigo 23.°-C do Regimento.

Pausa.