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do

letárias.

Temos igualmente 'de efectivar largas reformas coloniais. A França já deu o exemplo de amplia? os direitos políticos aos indígenas que se bateram. Â Inglaterra coásidera já os seus domínio,? quási como Estados federados. Assim, o Canadá acaba .de obter a sua representação consular.

A República não se fez só para a metrópole, fez-se também para as colónias.

Quem vai fazer estas reformas ? As direitas ?

& Hão do ser as direitas que, diploma? tteamente, vão tratar com todas as Mações que avançam ?

É preciso notar que não avançam só as aliadas. A própria Alemanha procura a sua reabilitação nas organizações de"-mocrático-socialistas.

£ -tíntão havemos de tratar com .os nos-nos aliados, não por intermédio das esquerdas, quere dizer,-por aqueles que representam o direito e o progresso, mas por intermédio das direitas, isto é, por meio dos que querem o conser-vantismo, senão mesmo a rôtrogadação ?

As direitas têm em Portugal apenas um direito: é o direito que ó seu dever, de acompanhar-as esquerdas em todos os seus movimentos progressivos.

É necessário que as direitas reconheçam que a guerra foi não só a vitória nos campos de batalha, mas íbi também a vitória do direito,, a vitória da liberdade. (Apoiados).

As classes conservadoras são. vencidas. E necessário que se considerem como tal.

£ O que lhes dizemos, nós que batalhámos . pelo elevado ideal do direito e da liberdade, que elas vão ser excomungadas da República? Não!

Dizemos-lhes que elas têm hoje p; dever' de reconhecer que nesta hora só poderão servir a Nação, ao lado dos que se bateram em África, em França, em Monsanto e no norte, não pelo passado, mas pelo futuro.

Já aqui se disse o bastante para se. ver o perigo que há na dissolução neste momento. E o conflito que ora se debate entre, as duas casas do Parlamento seria levado a todo o País. Era a transformação gerai da Nação e ao, mesmo tempo a sua paralisia.

l Q Qovêrna ficaria sem^acç^o, p, seria terrível para^ p país, tanto mais qu,e há, um ano, que, sft n,ãq faz nada, i (Apojíq-

E necessário que olhemos para as outras nações, para ver como aceleram a sua marcha, alcançando .a prosperidade. Mas é preciso advertir que essa prosperidade se não atinge sem 'que marchemos com o nosso próprio esforço. (Apoiados^.

Basta ver ò que se passa em. Espanha com a navegação. Todos os dias a nossa vizinha faz quanto pode para valorizar os. seus portos, e nós, que tanto carecemos das relações internacionais, com cousa alguma nos importamos.

Efectivamente a dissolução seria, na actual conjuntura, o, nosso suicídio. Não se pode pensar em demissão, como se niç pode pensar em dissolução. E foi com a maior, simpatia que eu vi tomaria Câmara dos Deputados á iniciativa duma conciliação entre as duas Câmaras.

£ Este período de acalmia das paixões que nos divide, pode ser aprpveitaà:p em benefício dos interesses do País?

Oxalá que no termo dês.te adiamento nós possamos ter Ministério de concentração, ou melhor, sem carácter partidário, um Ministério, Nacional, que é, efeçti-vãmente, aquele que nós. tpdos desejamos.

Estou certo, que nesse momento, quan.-do todas, pudessem concordar num Ministério Nacional, o Governo seria o primeirp a sair daquele lugar, para ser substituído por homens que reunissem todos os dptes e acabassem com os. conflitos. Julgo, efectivamente, que só assim podemos contar com esta razão política soberana^ que é a' paz nacional. (Apoiados}.

Conto com ela cpmo Senador.

Q Senado, se hoje votar o adiamento, sem de maneira alguma abdicar d.os s$u£ direitos, há-de ver' nisso uma alta funçãP1 política.

Pertence ao Congresso, pela nossa Constituição, legislar.

O Presidente da República tem a iniciativa do adiamento," prorrogação e, es^-pecialmente, reunido o Conselho Parla^ mentar, tomar a iniciativa da dissolução.