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arvorando, nãq a bandeira da República, que é toda de bondade e paz, mas a bandeira duma seita, duma facção, combater contra, aqueles que sendo integramente republicanos jamais sentiram desfalecer o seu ânimo e que à República têm dado a sua força, toda, a sua vontade.

Melhor ó calar o passado, para fazermos um novo futuro erguendo-o bem alto acima de todas as questiúnculas e questões de partidos, para dignificarmos a República e para que ela se torne, não a irmã de certos e determinados, mas a mãe de todos os portugueses, (Apoiados) e que tarde ou cedo há-de recolher ao seu seio convencidos, os seus inimigos, de que a República que em 10 anos tom resistido a todas as lutas, jamais poderá morrer em Portugal, porque não tem em nenhuma das suas articulações qualquer grão de areia que faça cessar a sua vida.

Há-de convencê-los mas não como se impõe uma idea a um vencido cortando--Ihe as mãos para o convencer da bondade duma idea nova. Não, há-de convencê-los chamandò-os até si pela demonstração de que dentro da República, não dentro dos homens que a compõem, só há virtudes, porque só pelas suas virtudes ela foi grande, e convencê-los de que a República jamais deixará de existir em Portugal sob pena de falecer com ela a Pátria Portuguesa.

Não há canto de Portugal onde a República não tenha assento, e não esteja enraizada na alma popular, por mais que queiram fazer dela uma figura de ódios e represálias.

Mas essa figura augusta e austera da República jamais deixará de ser aquilo que o génio humano e o génio português dela fizeram.

Necessitava eu de dizer estas palavras nesta Câmara, e com a franqueza que sempre me caracteriza e demonstrar que tendo eu combatido sempre ao lado da República contra os seus inimigos e seus opressores^, jamais depois da hora da luta mantive no meu coração ódio seja contra quem quer que seja que tenha o nome de português e que queira depois pôr-se ao meu lado para dignificar, para levantar bem alto a República, que pelos seus desejos, pelo seu pensamento queira conduzir a Pátria Portuguesa aos altos destinos.

Diário das Sessões do Congresso

Não sou daqueles que absorvem facilmente, teorias, mas sou'daqueles que sentem a necessidade absoluta de que em Portugal se insista por uma maior correcção e que não transformemos as falanges republicai]as em qualquer cousa de estranho ao país, impossível de estender a sua acção a todos os homens que têm o nome de portugueses e transformando-as num campo fechado de lutas constantes onde só entrem certos e determinados nomes.

. Não queremos dominar, mas queremos convencer ola bondade duma idea nobre que conta tantas vítimas e tantos mártires, que só isso a tornará dignificada por séculos.

Sr. Presidente: para terminar direi que a minha exposição foi feita talvez com fraco calor porque a verdade ó que o meu espírito nesta hora não ostá absolutamente isento da mágoa profunda que nele se levantou.

Sr. Presidente: eu saio desta sessão tranquilo de que a República veio aqui buscar pela voz e pelos actos dos republicanos que aqui se encontram mais um motivo para afirmar a sua força indes-tructível.

A República tem tido horas tam difíceis, horas tam amargas, que é impossível que homens da mais alta envergadura tivessem ocupado as cadeiras do Poder, sem que, mesmo contra a sua própria vontade, contra os seus melhores desejos, não se tivesse produzido uma obra que fosse criticável, passados meses e até passados dias, quando as circunstâncias em que nos encontramos são coni-pletamente diferentes.