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Sr. Presidente: hoje tenho a dizer pré-3 cisamente a mesma cousa, e os factos em geral e em especial que aqui se tem passado mais têm convencido a minoria socialista de que & adiamento é oqu e mais convêm ao» altos interesses da nossa nacionalidade.

A questão foi posta sob dois aspectos» O primeira foi aqui deduzido pelo Sr. João Camoesas: dar ao Governo aquele tempo indispensável para se munir de todos os elementos para se apresentar depois ao- Parlamento**

Disse-se aqui que o Governo era constituído por competência» de tal natureza que esse compasso de espera lhe era perfeitamente dispensável. Eu entendo que, por mais competentes que sejam os homens qaei fazem parte do Governo,, por maiores que sejam as inteligência» que ali se encontram, elas não podem num rápido momento conhecer todos 'os pró-. blem>as que interessam à vida nacional, mormetate num momento de perigo eomo este, em que uma grande agitação1 política lavra no Pai».

Nós temos de pôr as cousas bem a claro, fèí0so& d& dizer as palavras precisas, porque seria engan^rifio-nos a nós próprios s# a& não proferíssemos neste momento iam solene1 da nossa história,

ííão há quê negar que- uma grande agitação' política perpassa neMe momento nos arraiais políticos do nosso Pais.

A agitação política pode muito bem se-guir-s©1 a agitução popular — segundo aspecto do pioMema—, e é preciso que os políticos vejam bem -a responsabilidade com que aream, porque farto de revoluções, . tatto de perturbações^ está o País» de há muito. (Apoiados}.

Em não compreendo como os espíritos conservadores, eomo os homens que sê unem sempre1 a todos os Governos desde que a palavra da ordem pública éprofed-da, na© antevêem o perigo que se pod:e seguir à queda? do- ]&mis'téri©:..

Não> f em 8140= os elementos operários qa»- têm perturbado a vida nacional. Têm sidb sempre os políticos-, têm sido sempre os- republicanos que a têm perturbado'. 0s- republicanos- não correspondem, não corresponderam nunca à esperança que neles- depositou- o povo eni 1910, quando saiu para< as imas- áe Lisboa/ a proclamar a Kepúbliea., i

Os republicanos não corresponderam também à aspiração da alma popular quando ela foi abater, nessa avançada decidida até- Monsanto,- o símbolo da monarquia deposta .-

É preciso que os políticos republicanos vão. beber à alma popular aquela cotívic-ção, aquele entusiasmo, aquela verdade que ela possue, se querem dignMcar a Republica e salvar o país.

E predso, é absolutamente necessário que os republicanos enveredem por caminho diverso daquilo que tem seguido até aqui.

Talvez qae perante estas atittrde dos fe-pttblicanOs nós pudéssemos antever, mais de perto, o dia do nosso triunfo.

Mas ô nosso triunfo não dependerá e?s> seneiãlmenté da nossa acção dentro desta nâeioiraMdade £ ííáo será es»á acção, por níais^ âcêáa, por' maris persistente quê seja, cftíe ííodierá d:a?-fioa ô momento beío do triunfo.

Ê a acção1 í!rter£saciwa% é a esse grande movimentai qae se está operando, desde a Eússia à Inglaterra que' devereníos também & transformação ííòcial- neste país.

O triunfo- é nosso, porque triutífam sempre as grandes ideas onde & vêsdaide palpita;.

Eu não! acredito que seja possível hoje, a dentro deste país, a restauração monárquica.

E porqttê?

Por q oQ essa idea representa uma idea condenada, porque .essa? idea é p'él0' retrocesso e jamais o mundo se encaminhou para trás.

Mas, Ss. Presidente, eu tenho de' mostrar, bem claramente, as razões por que â minoria1 parlamentar- so£ialistay neste momento, sem uma única discrepância-, vota a proposta de adiamento dos trabalhos parlam^eatarés.

Talvez que alguém quisesse ve£ nest© modo de pensar uma atitude diversa da quei- tomou a minoria1 socialista, quando da apresentação do- Governo.>

Por isso é preciso quê as eotfsá^ se* digam com toda & elareza*