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Parecem-me indispensáveis estas pala--vras: sou daqueles que entendem que muito bem podia o Sr. Herculano Galhardo, ilustre leader do Partido Democrático no Senado, servil" por algum tempo a situação criada pelo Sr. general Pimenta de Castro...

O Sr., Herculano Galhardo (interrompendo) i — B preciso esclarecer que saí do Ministério Pimenta de Castro quando exactamente o Parlamento sé fechava. (Apoiados}. .

O Orador: —Muito bem. Compreendo isso.

Quando S. Ex.a soube que o Parlamento se encerrava e o Ministério Pimenta de Castro praticava a ditadura S. Ex.a saiu.

Muito bem.

Saiu desse Ministério no convencimento de que prestava um acto útil à República. O que não pude consentir foi que continuasse a apoiá-lo no momento em que se convenceu de que dessa situação resultaria uma afronta para a República.

Muito mais tarde que o Sr. Brito Camacho, o Sr. Cunha Liai e o Sr. Malhei-ro Reimão deixaram de apoiar a situação Sidónio Pais.

Mas nem por isso jamais duvidei ou duvido dos sentimentos republicanos do Sr. Cunha Liai, da Maldade dos seus propósitos, como da lialdade republicana do Sr. Malheiro Reimão.

Sejamos justos para todos e para cada um de nós.

Se há no meu partido alguém que não seja digno do nome de republicano,

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Domingos Pereiíã: - - Sr. Presidente :: pelns circunstâncias especiais em

Diário áas Sessões do Congresso

que me encontro sou forçado a dizer ao Congresso a minha opinião sobre a sua união conjunta para ser votada a proposta de adiamento das Câmaras Legislativas.

As palavras que vou pronunciar não são de modo algum ditadas pôr qualquer intuito de levantar difiuldades ao Governo. Jamais na minha bagagem política, que é pequena e que não tem mérito, (não apoiados) poderá quemquer que seja descobrir um acto meu, uma atitude minha de onde resultasse o propósito claro ou oculto de levantar qualquer entrave aos homens que se tenham encontrado nas cadeiras do Poder. Jamais! Nunca entornei qualquer atitude de destaque para derrubar um Governo; nunca eu tomei contra algum Governo posição para o atacar na altura em que supusesse estar pouco seguro. Jamais! E, se venho neste momento dizer ao Congresso o que penso acerca da proposta de adiamento, sobre o significado político que ela em si contêm, é porque não posso atraiçoar de modo nenhum p meu pensamento e as minhas ideas. Jul-,go mesmo um dever de consciência e de republicano declará-lo. (Apoiados).

Não, venho aqui estimulado por quemquer que seja, nem para atacar ou defender o Governo; não venho aqui para alimentar qualquer paixão que não possa ser confessada — venho apenas para obedecer aos ditames da minha consciência integralmente republicana. (Apoiados).

Quando a crise se deu—e não quero discutir agora porque se deu, nem quero saber porque se fez cair o Ministério presidido pelo Sr. Dr. Ramos Preto—fui da opinião de que se devia constituir um Ministério de concentração geral republicana. (Muitos apoiados).