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Sessão de 29 de Junho de 1923

para aumentar ein proporções assustadoras o encarecimento da vida.

O que nós vemos é que o Parlamento coutmua não só a desprezar as reclamações do País, mas, mais de que isso, a legislar e trabalhar contra aquilo que do toda. a parto do Pais lho c leclaiuatlo'.

De toda a parte lia leclamações em matéria de tributações, em mataria de inquilinato; urge, pois, que o Parlamento antes de se encerrar as procure atender tanto°quanto possível, de torma a não ter em desatenção nenhum dos interesses om jugo nosso assunto e de fornia a melhorar aquilo que taru gravemente se tem agravado dia a dia e que é a tributação.

Sr. Presidente: n3o quero tomar mais tempo ao Congresso e por isso vou terminar, desejando que sobro estes pontos a que me referi o Sr. Piesidente do Ministério, por parte do Govêmo, laça o íavor de dizer o que o Governo pensa, assim como peço ao~Sr. Deputado Abílio Marcai, que tam gentilmente quis ser perante Oste Congresso o representante do sentir da maioria, se digne lazer o favor de nos elucidar, elucidando ao mesmo tempo o País, sobre se o parecer n.° 378, que diz respeito as reclamações e reivindicações católicas, é ou não um daqueles que S. Ex.a entende quo têm fatalmente de ser discutidos antes do encerramento dos trabalhos pai lamentares e também se se adopta ou não por uma vez o principio de se icduzirem as despesas públicas de forma a estabelecer o equilíbrio, e se se atendo as reclamações do inquilinato.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O sr. Abílio Marcai:—Sr. Presidente: na última reunião do Congresso a maioria rejeitou a proposta do Sr. Vrlhena quo marcava um peiíodo mais longo para a prorrogação dos trabalhos parlamentares, não com o propósito de ir contra S. Ex.a, pois a maioria tem demonstrado sempre o seu desejo do colaborar com a minoria t moaárqmca. Se agora propomos esta prorrogação, ó porquo as circunstâncias são bem difeientes.

Quauto ao Sr. Deputado Ferreira de Mira, dir-lhe hei que a prorrogação só será para discutir assuntos de utilidade e não para questões regionais, se bom que a

província nos mereça a máxima consideração.

h,m resposta ao Sr. Carvalho da Silva, direi que as alterações à loi da Separação e reclamações dos católicos são muito de atender e não podemos pôr de parte o problema religioso, mas temos assuntos de magna inipoitância, como a fiota mercante, a remodelação .dos serviços públicos e outros que vão tomar muito tempo à Câmaia. Não doixaiemos por isso do em momento oportuno encarar de frente o problema religioso.

Tenho dito.

O oiadoí não reviu.

O S,r. Lmo Neto: — Sr. Presidente:a minoria católica aprova a proposta de prorrogação. Reconhece a urgência da obra legislatua a realizar, e reconhece que-é consideiável o.número de diplomas a que o Parlamento tem de estender a sua atenção.

Porém, seja-me permitido chamar a atenção da Camará para o parecer n.°378, que trata da personalidade da Igreja.

Sr. Presidente: O Sr. Abílio Marcai acabou de dizer que outros diplomas se sobrepõem a este como o contrato dos tabacos, a adjudicação da frota mercante do Estado e outros mais.

Ora eu peço licença para divergir um pouco.

Reconheço a importância dos problemas indicados por S Ex.a, mas devo afirmar que eles em nada se sobrepõem ao assunto a que se relore o parecer n.° 378.

Os problemas a resolver em Portugal não são só de ordem material, mas, principalmente, e sobretudo, os de maior importância são aqueles que afectam as con-djrões morais e religiosas do Pais.

O problema religioso não está ainda resolvido entre nós.

São constantes os conflitos que se levantam, e, para que o País possa desviar a sua atenção para outros ascuntos, necessário se torna primeiro resolver o problema da consciência religiosa. Assim sa-tisíejtas as reclamações dos católicos, o País fica em melhores condições para descansadamente tratar de outras questões.