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Sessão de 10 de Julho de 1923

grama que, se fosse possível, ficasse a discussão para a sessão nocturna que naquela casa teria que haver.

O Senado pronnnciou-se sobre uma comunicação que a Direcção da Contabilidade do Ministério dos' Estrangeiros eii-viou à Comissão do Ornamento, poique esta se viu embaraçada por não ter \erba no orçamento para pagar aos fuuciouá-lios, cujas verbas foram suprimidas-na Câmara dos Deputados.

Um do» funcionários, o do Houolulu, tem, como muito bom o disse o Sr. Bal-tasar Teixeira, de continuai a receber como funcionário vitalício do Ministério; e se não pode recobô-lo como professor da escola de Honolulu, tem de receber o seu vencimento de qualquer maneira.

Mas, pergunto eu, de que maneira liá-de ser pago esse funcionário?

A. Contabilidade encontra ainda dificuldades com relação aos outros dois, o de Demerara e Boston.

Como é costume, os fuucionários que estão na América do Norte são pagos antecipadamente; e a contabilidade, de harmonia com osso costume, enviou os vencimentos para esses dois funcionários, para os meses df Julho e Agosto.

Suprimidas as verbas uo Orçamento, a Contabilidade não sabia como ó que havia de repor as verbas que já tinham sido pagas.

Seria justo obrigar estes funcionários a fazerem uma reposição?

A Cftmara entendeu justo chamar a atenção do Senado para esto ponto e entendeu que fOsse dada uma situação transitória— a qual era de continuarem como provisórios até Agosto é recebendo os respectivos vencimentos.

Parece que o Congresso só tem de só pronunciar sobre a verba; mas ao tor de se pronunciar sobre a lei orçamental não pode, suponho eu, deixar de ter em vista o direito que assiste ao funcionário que ó vitalício e a justiça que assiste aos provisórios que ato Agosto inclusivo j'á receberam os seus \encimentos.

O orador não reviu..

O Sr.'Bartolomeu Severino : — Eu, Sr. Presidente: propus que, não só essa verba que est.iva votada para essas escolas, como ainda outras do capítulo 18.° fossem aplicadas em subsídio para manter os

cursos de português e para pagar aos conferentes sobie assuntos portugueses. Creio uo emuuto que o Sr. Baltasar Teixeira propondo a supressão, estava de acordo com a lei-travão que permite, não só a, supressão das verbas, como a supressão dos cargos, e portanto estou de acordo com a opinião de S. Ex.a que invocou a lei-travao.

Disse há pouco o Sr. Deputado Carlos de Vasconcelos quo'às nossas colónias da América do Norte se ministrava também o ensiuo da matemática, e eu devo dizer a S. Ex.a quo as colónias portuguesas naquela parte do mundo, se piocuram alguma cousa, e apoderar-se da língua do pais pui que vivem para ganharem o seu pão e poderem' agir convenientemente. Não aprendem a língua do seu país fora do sen país.

Todavia, temos uma maneira útil de' chamar essas colónias à recordação da sua terra: é falar lhes da sua história, dos seus elementos, dos seus homens e da sua literatura.

É sob 6ste ponto de vista que nós devemos proceder.

Os portugueses residpntes na América do que precisam, principalmente, paia ganharem a sua vida, é saberem a língua do país onde estão.

Trocam-se apartes entre o orador e alguns Sr. Congressistas.

O orador não reiiu.

O Sr. Pedro Pita: — Sr. Presidente: nSo deve o Congresso extranhar que os congi es-sistas colónias' ou das ilhas entrem, ,com grande entusiasmo, nesta discussão e procurem manter as escolas que se pretende suprimir. E que, Sr. Presidente, as colónias portuguesas lá fora são, principalmente, formadas de ilheos e caboverdea-nos.

Se todos os Srs. congressistas tossem das ilhas, já teriam verificado* certamente, que indivíduos que são portugueses de alma e coração voltam muitas vezes da América, onde constituíram família, tia-zendo filhos que nilo sabem falar a língua •portuguesa, &sbes indivíduos e seus filhos vGrn com o sentimento da nação portuguesa, mas nilo sabem falar uma palavra da Jíngua pátria!