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Diário das Setsõei do Congretto

dos Negócios Estrangeiros tem, pelos seus agentes e repn-sentantos, muitos meios de prsvidenciar o de lazer substituir os professores.

Sr. Presidente: entender que, perante uma colónia do 1UO.OOO portugueses, não há necessidade de haver escolas para que as crianças dessa colónia aprendam a sua língua, é não querer ver, é não querer compreender quanto valem e quanto podem Ôsses núcleos do portugueses agindo e vivendo em terra estrangeira.

O Sr. Bartolomeu Severmo :—Então não era preciso só uma escola ou duas; eram precisas muitas.

O Orador: — Se as escolas são poucas, mais uma razão p;ira manteimos as que existem," esperando-se que um dia as disponibilidades orçamentais permitam aumentar o seu número.

Se os professores não servem, substituam-nos por outros que saibam cumprir o seu dever.

Os que tenham visto, como nós, que somos das> ilhas, frequentemente temos observado, voltarem da América famílias inteiras que trazem muito amor por Portugal, com completo desconhecimento da língua portuguesa, nílo podem deixar de reconhecer que é necessário divulgar ali o ensino dessa Imgua.

Tenho dito.

O orador iiâo reviu.

O Sr. Jaime de Sousax:—Depois das palavras aqui pronunciadas pelo Sr. Ministro dos Estrangeiros, parecia mo que nada mais seria necessário dizer-se para a Cfiinara ficar corta de que seri.i precipitação o votar-se sem mais nenhum exame da questáo, a supressão pura e sim-les da verba orçamental de que se trata.

Entendo quo só depois de efectuado um consciencioso inquérito à forma confo essas escolas têm funcionado, inquérito que se faria em dois ou três meses, se tanto, é que a Gamara poderá com conhecimento de causa tomar qualquer resolução. Só então poderemos ajuizar dos serviços dessas escolas e resoh ermos qualquer proposta quo nessa oportunidade soja apresentada, ou para criar-se mais escolas ou para serem suprimidas as que existem,

isto conforme for aconselhado pelo resultado do inquérito.

Antes de terminar, permita-me a Câmara que eu chame a sua atenção para um telegrama que veio publicado no jornal O Século, de boje, e que se liga com o assunto de que nos estamos ocupando.

O que se diz neste telegrama é mais uma razão para não tratarmos de animo levo deste assunto de supressão de escolas, P para reconliecermos quo, de facto, se torna indispensável' que se faça o inquérito quo alvitro.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Aragão e Brito:—Sr. Presidente: fui eu quem, no Senado, apresentou a emenda que está sendo discutida agora neste Congresso.

Pelo que tem sido dito, compreendo que o Congresso nílo está bem ao facto do que efectivamente se trata.

Assim, tem-se discutido a conveniência ou inconveniência da supressão das escolas, quando a verdade é que essas escolas já estão extintas. Não há verba para a sua manutenção.

Do quo realmaute se .trata é da \erba de 5.7005 para pagamento aos professo-sores a quem não se pode negar os seus vencimentos, como há pouco bem disse o Sr. Ministro dos^Estrangeiros.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. António Maia: — Sr. Presidente: parece me que o Sr. Congressista que acaba do lalar, em vez de conseguir o seu desejo de esclarecer a questão, ainda veio estabelecer maior confubão.

Pelo que S. E.\.a disse, compreende-se que as escolas foram extintas, mas que, se pretende pagar aos respectivos professores que não têm cumprido o seu dever.

Se as escolas estão extintas, não há quo pagar a professores; se não estão extintas, de\e se manter a verba para os> professores, mas para ser paga a outros que saibam cumprir o seu dever, visto que os actuais nada têm feito.

Tenho dito.