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SissOo de 2,9 de Abril de 1625

da absoluta verdade; não podem sofrer contestação. Apeuas umas palavras vagas de ironia — ironia fácil que podem sair do homem da rua como do homem guindado às mais altas situações.

O que eu digo é uma verdade. Não venho com iutenção de procurar a benevolência ou a simpatia de quem qaor que seja.

Sou pessoa de atitudes muito claras, de posições demasiadamente jfirmes. para procurar com palavras dúbias a simpatia de quem quer que seja.

Tenho por norma dizer o que penso. Não há, ameaças, ironias, nem atitudes meãos respeitosas que forcem a minha inteligência, a minha vontade agdesviar me do caminho que tracei.

-!3r. Presidente: eu disse que o partido a quo pertenço pode acolher todas as nossas ideas. Para defendermos os nossos princípios, nunca precisamos recorrer nem ao insulto, nem à calúnia, nem ao ataque pessoal a qualquer homem de outro pai-tido e muito menos ao ataque a um outro partido.

Por mim, sempre que tive a honra de usar da palavra nesta casa do Parlamento, nunca mo referi ao Pai tido Nacioui-lista senão com palavras de consideração, que sempre me mereceu um partido republicano.

" Nunca discuti antiguidades nos outros republicanos; nunca procurei saberá sua antiguidade.

Mesmo em face dos problemas, eu não procuro saber quem é o homem que agita esses problemas ou essas ideas.

A única cousa qne procuro saber é se essas ideas, é se ôsses problemas silo aqueles que convêm à dignidade da Eepública e ao seu prestigio.

Foi com desgosto que vi o Partido Nacionalista afastar-se dos trabalhos parlamentares, porque não quere colaborar com o actual Gosêrno.

Passaram-se semanas, passarnm-se meses e o Partido Nacionalista, apesar do dentro desta Câmara SP ventilarem, por \ozcs, problemas da mais alta importância para o País, entendeu que tudo isso o não interessava. E abandonou o Parlamento.

Mas veio uma hora, cm que alguns homens toiam para a Rotunda estabelecer uma desordem no intuito — diziam êleá—

de estabeler a ordem. E, por esse conflito, foram presos dois homens desse partido...

" O Sr. Cunha Leal (interrompendo):— j Mandaram-nos prender os seus amigos, senhor! Foram presos à sua ordem!

O Orador: — O Partido Nacionalista, que havia descurado todos esses problemas que eram graves, quo se havia desinteressado de todos elos e alguns dos mais' vitais para o País (Muitoj apoiados das esquerdas), entendeu, por fim, que devia voltar ao Parlamento, não para discutir problemas de ordem nacional, mas problemas do ordem pessoal.

O Sr. Cunha Leal (interrompendo): — ;

O Orador: — Apareceram os naciona listas nesta Câmara, não a discutir, repito, os altos problemas de ordem nacional, não a \erberar o conflito que se havia desenhado no alto da Rotunda (Muitos apoiados rias esqueidas), não a reprovar o procedimento dôsses homens que haviam atentado contra a Constituição.

Não!

O que lhes interessava, o que era gravo, o que forçava o Partido a movimentar-se do norte a sul do País não erarn as ofensas à Constituição, a renúncia do Sr. Presidonte da República, nem qualquer outro problema de ordem nacional.

N2o!

0 que lhes interessava saber era se dois Deputados presos deveriam ou não continuar presos.

Muitos apoiados dat esquerdas.

j Assim, falaram por várias vezes, e até hoje (que eu saiba) ninguém, pertencente ao Partido Nacionalista, pronunciou qualquer palas rã de condenação para o movimento revolucionário!

Muitos apoiados das esquerdas.

1 Temos assim de considerar quo, pelo menos, o movimento revolucionário não merecia a condenação do Partido Nacionalista ! A

Muitos apoiados.