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Sessão de 27 de Maio de 1913 9

Mas há mais.

Sempre há vantagem em se fazer flutuar a nossa bandeira em portos estrangeiros e, principalmente, em portos nacionais.

O Sr. Faustino da Fonseca: - Referi-me a razões de ordem económica, e essas, quanto a mim, não justificam a despesa que se efectuou com essa viagem.

O Orador: - Como já disse, o Adamastor vinha a caminho da metrópole, e tinha ido ao Oriente por causa da revolta da China e da insurreição em Timor.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: - O Sr. Faustino da Fonseca deseja tratar, em negócio urgente, das rendas das casas em Lisboa.

Vou consultar o Senado sôbre se consente que dê a palavra ao Sr. Faustino da Fonseca.

Procede-se à chamada.

Disseram aprovo os Srs. Senadores:

Abílio Baeta das Neves Barreto.
Anselmo Augusto da Costa Xavier.
Anselmo Braamcamp Freire.
António Bernardino Roque.
António Joaquim de Sousa Júnior.
António Ladislau Parreira.
António Ladislau Piçarra.
António Maria da Silva Barreto.
António Pires de Carvalho.
António Xavier Correia Barreto.
Artur Augusto da Costa.
Augusto de Vera Cruz.
Bernardo Pais de Almeida.
Carlos António Calisto.
Cristóvão Moniz.
Eduardo Pinto de Queiroz Montenegro.
Faustino da Fonseca.
Francisco Correia de Lemos.
Joaquim José de Sousa Fernandes.
José Afonso Pala.
José António Arantes Pedroso Júnior.
José Estêvão de Vasconcelos.
José Maria de Moura Barata Feio Terenas.
José Maria de Pádua.
José Maria Pereira.
Luís Fortunato da Fonseca.
Manuel de Sousa da Câmara.
Ricardo Pais Gomes.

Disseram rejeito os Srs. Senadores:

António Brandão de Vasconcelos.
João José de Freitas.
José de Cupertino Ribeiro Júnior.
José Miranda do Vale.
José Nunes da Mata.
Luís Inocêncio Ramos Pereira.
Manuel Martins Cardoso.
Manuel Rodrigues da Silva.
Ramiro Guedes.
Tomás António da Guarda Cabreira.

O Sr. Presidente: - Está, portanto, aprovado por 28 votos contra 10.

O Sr. Sousa Júnior: - Requeiro dispensa da última redacção para o projecto de lei há pouco aprovado.

Consultado o Senado, foi dispensada a última redacção.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Faustino da Fonseca.

O Sr. Faustino da Fonseca: - Sr. Presidente: começo por agradecer ao Senado o ter aprovado que me fôsse dada a palavra, no que o Senado não me fez apenas favor, mas prestou um serviço ao Parlamento, porque é preciso que o Parlamento destine alguns momentos para tratar das questões que não só interessam ao país, mas tambêm ao povo em particular.

Tendo-se realizado, no domingo passado, um comício público para se ocupar da questão das rendas das casas, e não tendo vindo ainda ao Parlamento a comissão que foi nomeada, porque só ontem ficou terminado o assunto, tencionava eu na anterior sessão, e antes da ordem do dia, tratar dêste assunto, quando me coubesse a palavra. Como, porem, os assuntos que se ventilaram não me permitiram fazê-lo não tive remédio senão guardar para hoje tratar dessa importantíssima questão.

É sabido, que há uma grande irritação em Lisboa por causa dos aumentos feitos pelos senhorios, sem a menor justiça, nas rendas das casas, tendo-se levantado os maiores clamores contra êsses senhorios da parte daqueles a quem foram aumentadas as rendas, aumentos que foram feitos uns por boa fé, outros por má fé.

Atribuía-se a carestia dos aluguéis das casas à República, e foi êste o motivo por que um grande número de republicanos se