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10 Diário das Sessões do Senado

potências, que não conseguiram fazer outro tanto, têm tambêm uma acção grande a desempenhar, porque têm de mostrar que podem afirmar qual a civilização, virtudes e qualidades imortais.

O povo português possui elementos bastantes para mostrar que o constituem 30 milhões de lusitanos, que aquêm e além Atlântico representam a nacionalidade portuguesa.

O Presidente Rodrigues Alves, cuja morte agora se pranteia, era, sob todos os aspectos, um homem da nossa raça, visto descender de portugueses.

Foi brilhantíssima a sua carreira política.

Eis porque o Brasil tem neste momento razões suficientes para prantear a sua morte.

Na escala psicológica da nossa vida colectiva devemos encarar os homens que souberem afirmar qualidades para a solução dos pactos internacionais, come os mais notáveis do entre os que mais podem honrar um país.

E o conceito aplicado a Portugal é em extremo verdadeiro.

E que essa terra não é apenas êste pequeno quadrilátero territorial do ocidente da Europa, que vão entrar no arranjo internacional em elaboração.

Não somos apenas um povo com 6 milhões de almas, porque somos mais de 30 milhões.

Valêmos no emtanto alguma cousa no mundo.

As nossas desgraças caseiras não representam de maneira nenhuma um esmagamento {Apoiados) desde que saibamos lançarmo-nos no caminho que a nossa raça indica. (Apoiados. Muito bem).

Rodrigues Alves pertenceu aos portugueses, seguindo a política que dá a razão com poder maior. Soube por esta forma compreender que a República Norte Americana deve ser no mundo a portadora máxima da civilização, que vem rolando do oriente para o ocidente.

Mas quero afirmar que neste momento somos no ocidente os representantes dura a psicologia colectiva, que criou uma civilização própria, que se pode chamar bem nossa, a qual tem continuação no povo brasileiro.

O ilustre morto foi sempre um símbolo do lusitanismo.

Aberto o Panamá, alteradas as correntes mercantes do mundo, a doutrina de Monroe deixou de ter a significação restrita, que a originou.

Hoje a América representa no moderno cosmopolitismo um grande factor da civilização interoeeàuica, que nós os portugueses de aquém e de alêm Atlântico somos, dentro da liga dos povos cultos, uma das mais altas afirmações da moderna civilização.

O Dr. Rodrigues Alves bem merece as homenagens que hoje lhe presta o Senado português, porque nela eu vejo a afirmação indestrutível do nosso valor de raça.

O Sr. Machado Santos: — Quero associar-me tambêm a mais êsse voto de sentimento proposto por V. Exa., Sr. Presidente. Referindo-me a Rodrigues Alves, direi que êle foi o continuador da obra de Prudêncio de Morais, o Presidente ilustre que soube estabelecer a harmonia na grande família brasileira. Bastava isto para neste momento não podermos esquecer êsse homem eminente.

O Sr. Queiroz Veloso: — Associo-me, de modo o coração, ao voto de sentimento proposto por V. Exa. e não só em meu nome, como no dalguns Srs. Senadores independentes, que me deram a honra dêsse encargo.

Esta sessão tinha para ordem do dia a comemoração de dois antigos Presidentes da República, Teodoro Roosovelt e Rodrigues Alves. Foi coincidência feliz que o Senado, ao reabrir as suas sessões, depois da tentativa de restauração monárquica, aqui viesse únicamente para prestar homenagem A memória de dois notáveis representantes do duas grandes Repúblicas.

A norma de conduta de Rodrigues Alves, na sua longa vida política, é um eloquente exemplo de seriedade e patriotismo. Tendo sido monárquico, tendo ocupado altos cargos durante o império, foi depois da mais profunda, da mais intensa, da mais intemerata dedicação pela República, sem nenhum pensamento oculto de traição.

Ao Brasil ligam-nos laços especiais de parentesco e de afecto, a consanguinidade da raça, a comunhão da língua. Por isso