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Sessão de 30 de Janeiro de 1919 9

uma feição acentuadamente americana. Para êle, o homem de acção vale bem mais do que aquele que se limita a criticar a obra dos outros, o homem que luta é bem superior àquele que, por comodidade, por fraqueza ou por egoísmo, se põe propositadamente de lado.

Mas nesta acção, nesta luta, Roosevelt acentua sempre que só é trabalho útil o que é honesto. A sua norma de vida, a sua regra de conduta foi sempre a célebre máxima de Franklin que, nas escalas norte-americanas, serve para exercício de caligrafia dos estudantes de primeiras letras: a honestidade é a melhor das políticas.

Tenho dito.

Vozes: — Muito bom.

O Sr. Oliveira Luzes: — Associo-me tambêm, Sr. Presidente, ao voto de sentimento proposto por V. Exa. pela morte de Roosevelt, o ex-Presidente da República dos Estados Unidos da América do Norte.

O Sr. Machado Santos: — Associo-me tambêm ao voto de sentimento proposto por V. Exa. pela morte dêsse grande homem que foi o ex-Presidente da República dos Estados Unidos da América do Norte.

O Sr. Presidente: — Eu devo declarar à Câmara que, logo que tive conhecimento da morte do Sr. Presidente Rodrigues Alves, fui à embaixada apresentar as condolências do Senado pelo triste facto, que acabava de enlutar a nação brasileira. O Dr. Rodrigues Alves, filho de português, laço que, se possível é, mais nos prende e torna mais sensível o nosso pesar, foi um homem honestíssimo, de admirável bom senso e de notabílissimas aptidões financeiras, de que deu evidentes provas, quando por vezes, sob dois regimes, ocupou a cadeira de Ministro; e no exercício da suprema magistratura da nação prestou relevantíssimos serviços, aplanando dificuldades de fronteiras, e empreendendo um trabalho de reconstrução que trouxe ao Brasil um fecundo período de progresso e de prosperidade. Povos irmãos, da mesma raça, rejubilamos com as mesmas alegrias, como nos fere a mesma dor.

Por isso proponho que fique exarado na acta um voto de sentimento.

Que se faça sciente o Senado brasileiro do profundo pesar que experimentamos pela perda que acaba de sofrer a nação irmã; e para tornar mais expressivo o nosso sentir, que a sessão seja encerrada imediatamente, após a homenagem prestada a tam eminente cidadão.

Vozes: — Muito bem.

O Sr. Castro Lopes: — Quero juntar os meus, votos de sentimento aos que V. Exa. propôs pela morte do grande homem que foi o Presidente da República Brasileira, Sr. Rodrigues Alves, que tanto contribuiu para desenvolver o comércio, a indústria, a marinha e os caminhos de ferro no seu riquíssimo país. Dito isto, em nome da maioria do Senado, mando para a Mesa uma proposta para que na acta se consigne todo o sentimento desta casa pela morte do Sr. Rodrigues Alves e se comunique essa nossa resolução ao Senado brasileiro.

O Sr. Presidente: — Eu já tinha feito essa proposta.

O Sr. Castro Lopes: — Passou-me despercebido, Sr. Presidente, em virtude, por certo, das condições acústicas da sala.

O Sr. Oliveira Luzes: — Pedi a palavra Sr. Presidente, para me associar às manifestações propostas por V. Exa. pelo falecimento do Sr. Dr. Rodrigues Alves, ilustre Presidente eleito da República Brasileira.

O Sr. Carneiro de Moura: — Neste momento, em que está reunida a Conferência da Paz, em Paris, segundo é publicado pelas agências telegráficas do mundo inteiro, pregunta-se entre os representantes dos diversos países que ali tratam da paz do mundo, o que é que cada nacionalidade ali vai fazer.

Pela parte que nos toca a nós, portugueses vão a essa conferência desprovidos de bons argumentos que nos permitam mostrar o nosso valor.

Se as cinco grandes potências do Congresso de Paris puderam armar 12 milhões de homens para a luta, as pequenas