O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

6 Diário das Sessões do Senado

pública. Na Câmara dos Deputados sucedeu outro tanto.

V. Exa. ab ouviram os leaders do partido católico fazer igual afirmação, assegurando que estavam unidos em volta do Govêrno para a manutenção da ordem pública.

V. Exas. ouviram o Sr. Presidente do Ministério declarar que o exército português, mesmo depois da questão das juntas, era um elemento de ordem, que estava ao lado da República para reprimir quaisquer desordens.

E qual foi o resultado de todos êstes compromissos solenes tomados perante o Parlamento? A guerra civil!

Desnecessários são pois, mais comentários para justificar o projecto de lei que tenho a honra do mandar para a defesa, destinado a castigar todos aqueles que contra o regime peguem em armas.

Leu.

Requeiro a V. Exa. que consulte a Câmara sôbre se concede a urgência e dispensa do Regimento para o projecto que acabo de ler.

É lido na Mesa o projecto.

Consultada a Câmara, reconheceu a urgência.

O Sr. Presidente: — Lembro que é preciso votação nominal para a dispensa do Regimento.

O Sr. Machado Santos: — Pondero ao Senado que estamos a braços com uma guerra civil, para a debelarão da qual serão precisos três ou quatro meses. São necessárias medidas enérgicas, a fim dum tal movimento não causar as maiores ruínas.

O Sr. Presidente: — Vai fazer-se a votação nominal.

Começa a fazer-se a chamada.

O Sr. Machado Santos: — Peço a V. Exa. que consulte a Câmara sôbre se permite que eu retire o meu requerimento na parte respeitante à dispensa do Regimento. (Apoiados).

A Câmara resolve de harmonia com os desejos do Sr. Machado Santos.

O Sr. Pinto Coelho: — Interrompi trabalhos em que estava para não faltar a esta sessão, visto constar-me que se consignavam na acta votos de sentimento pela morte de Roosevelt, que foi Presidente dos. Estados Unidos da América do Norte, e pela de Rodrigues Alves, eleito Presidente da República do Brasil.

Roosevelt foi um ilustre homem de Estado que, na Presidência da República, patenteou as mais altas qualidades de estadista. Por muitos títulos êle é digno da nossa simpatia. Mas, entre todos, avulta o de ter sido êle quem mais devotadamente entrou na campanha que motivou a adesão dos Estados Unidos à causa dos aliados.

O Sr. Rodrigues Alves era um ilustre brasileiro, filho de português, que se mostrou sempre amigo do nosso país, aproveitando sempre todas as ocasiões para conseguir que a união entre as duas nações fôsse a mais íntima possível. É, pois, com a maior sinceridade que me associo aos votos de sentimento que vão ser propostos, aos quais dou o meu assentimento prévio, visto ter de me retirar.

O Sr. Presidente: — Chegou a hora de só entrar na ordem do dia. Esta é a homenagem a prestar aos falecidos ex-Presidentes dos Estados Unidos da América do Norte, Roosevelt, e Rodrigues Alves, eleito Presidente do Brasil.

Pela prioridade da data do falecimento, começar-se há por prestar homenagem a Roosevelt.

Neste sentido abrirei a inscrição para esta primeira homenagem.

Pausa.

O Sr. Presidente: — Por motivos de todos conhecidos é esta a primeira sessão, depois que 1 o telégrafo nos transmitiu a notícia do falecimento de Teodoro Roosevelt, em que nos, é possível render preito à sua memória.

Político habilíssimo, orador do grande fluência, autor de obras notáveis, dotado de extrema bravura comprovada à frente do seu regimento na guerra de Cuba e nas arriscadíssimas caçadas na África, Roosevelt é credor de reconhecimento pelas elevadas tendências humanitárias do seu espírito, manifestadas no combate dos trusts, na sua benéfica interferência entre operários e patrões e especialmente nos conflitos provocados por antagonismos de raças.