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Sessão de 15 de Dezembro de 1920

Secretário — Ezequiel do Soveral Rodrigues.

Negócios cultuais:

Presidente — Dias de Andrade. Secretário—António Augusto Teixeira. Para a Secretaria.

Justificação de faltas

Dos Srs. Vasco Gonçalves Marques e

José Miguel Lamartine Prazeres da Costa.

Para a comissão de infracções e faltas.

Pareceres

Da comissão de faltas, sobre os pedidos de licença dos Srs. José Joaquim Pereira Osório, César Justino Lima Alves, Jorge Frederico Veles Caroço, Pedro Virgoluio Ferraz Chavos, António Augusto Teixeira, José Joaquim Fernandes de Almeida, Rodrigo Alfredo Pereira de Castro, Ernesto Júlio Navarro, Júlio Ernesto de Lima Duque, Manuel Gaspar de Lemos; atestados de doença dos Srs. Bernardino Luís Machado Guimarães e José Augusto Artur Fernandes Torres; justificação de faltas dos Srs. José Machado de Ser-pa e Abílio de Lobão Soeiro.

Aprovados.

Projecto de lei

Do Sr. Silva Barreto, criando na cidade do Lisboa um Museu Pedagógico Nacional.

Para a comissão de instrução. ~

Requerimento

Requciro que, pelo Ministério da Instrução, me seja fornecida nota das hábil -tacões literárias que constam do processo do professor provisório do liceu de Por-talngre Sr. CasimiroMourato. — Júlio Ribeiro.

Para o Ministério da Instrução.

Telegrama

Dos oficiais de diligências de Famali-cão pedindo melhoria de situação. Para o «Diário do Governo».

O Sr. Júlio Ribeiro:—Sr. Presidente: mando para a Mesa um requerimento.

Peço a V. Ex.a para que me reserve a palavra para quando estiverem presentes os Srs. Ministros do Interior o da Agricultura.

O Sr. Pereira Osório:—Sr. Presidente: pedi a palavra para mandar para a Mesa, o projecto de lei n.° 048, que versa as modificações a fuzer no Tribunal do Comércio do Porto, o para ele peço a ni> gência e dispensa do Regimento.

O Sr. Silva Barreto: —Sr. Presidente: pedi a palavra sobre um assunto de momentosa importância.

O nosso ensino primário, não obstante a sua nova organização, peca pela base, isto é: não pode de forma nenhuma produzir os resultados previstos, atendendo aos edifícios onde estão instalados, ao mobiliário e material de toda a espécie.

Tudo isto concorre para que, de facto, o ensino primário no nosso país deixe de desempenhar as funções para que ele foi criado.

Não têm um fim utilitário e prático os edifícios.

Toda a gente sabp que esses edifícios, na sua maioria, têm uma ventilação má.

O sol ,c a chuva por eles penetram a fux.

Está-se falando agora numa campanha a favor de escolas ao ar livre.

Não basta que se faça essa campanha, visto que ao ar livre estão todas a* escolas.

Ressalvadas as excepções, (jue infelizmente são poucas, a reforma de que foi dotado o ensino primam ressente-se, como é natural, do pouco tempo que houve para a sua elaboração; todavia, representa um r.utêntioo progresso.

O ensino p nário realizado em estabelecimentos completamente nus de material didáctico, não proporciona os conhecimentos práticos que é necessário que traga quem sai da escola primária.

Não há nenhum país, por mais rico que seja, que consiga dotar todas as suas escolas com o material didático necessário, nem mesmo a Suíça, a Suécia, a Noruega ou os Estados Unidos, que é o país modelo no que respeita a material didático ; mas ocorrem a essa deficiência organisau-do museus escolares e pedagógicos, a fim de que consigam que o ensino primário seja o que praticamente deve ser.