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Diário das Sessões do Senado

bra, e que se refere à rescisão cio contrato para a construção da estrada para Peua-cova, e pela qual, eu sei, S. Ex.a se tem interessado.

Eu pedia, portanto, ao Sr. Ministro do Comércio que tomasse as providências necessárias, a fim de que a verba que estava consignada para essa empreitada fosse aplicada, ou por administração do Estado., ou em nova empreitada que deve ser aberta antes do fim do ano económico, na ultimação desses trabalhos, pois que a construção dessa estrada ó de altíssima importância.

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (António Fonseca;: — Sr. Presidente: pedi a palavra para declarar ao Senado, e em especial ao Sr. Ernesto Navarro, que PU vou indagar do que há a respeito da rescisão do contrato, a que S. Ex.a se referia, e ver se posso conseguir que a construção dessa estrada se complete, o mais rapidamente possível, tanto mais que a delegação portuguesa à Conferência Parlamentar de Comércio tenciona fazer uma excursão, com os seus colegas estrangeiros que vêm a Portugal, a Penacova, e eu desejaria muito que a estrada que conduz a essa localidade estivesse concluída.

O Sr. Ernesto Navarro : — Sr. Presiden te: pedi a palavra para agradecer a resposta que me acaba de dar o Sr. Ministro do Comércio, esperando que S. Ex.a fará o que estiver ao seu alcance para conclusão da estrada de Penacova.

O Sr. Silva Barreto : — Sr. Presidente: por dever de oficio leio de quando em quando o Diário do Governo. Logo que o vejo mais volumoso, lembro-me que traz no ventre o celebre Diário das Sessões do Congresso, célebre por andar atrasado na sua publicação qualquer cousa como uma sessão legislativa, um ano portanto.

N uni desses números do Senado, referência a Maio do ano passado, por natural curiosidade li prosa que me atribuem, ou sejam considerações acerca da aplicação da lei n.° 971, que por tal sinal nada tem produzido de útil. Essa prosa não é minha, Sr. Presidente, embora o sejam as considerações. E digo que não ó minha, porque se eu fora quem a escrevera, outra seria a sua forma.

Que ninguém veja a mais leve censura para quem traduziu as notas taquigráficas, sempre difíceis de traduzir, e por isso quási todos os oradores revêem os seus discursos. Eu, porém, poucas vezes o faço. E por isso, Sr. Presidente, necessário é que todo o cuidado seja posto na organização cio Diário das Sessões, de forma a não atribuir-se a redacção a quem não reviu, de considerações ou discursos aqui proferidos.

Mais peço a V. Ex.a que empregue os necessários esforços no sentido de evitar a grande demora na publicação do Diário das Sessões, que, pelo atraso em que anda, de todo se torna inútil.

O Sr/Presidente: — Tomarei as providências necessárias para que se não repita o caso apontado pelo Sr. Silva Barreto.

Pelo que respeita ao atraso da publicação do Diário das Sessões, isso só se poderia remediar, como S. Ex.a sabe, adquirindo uma tipografia para serviço privativo do Congresso, e, nesse sentido, já foi apresentado um projecto de lei na Câmara dos Deputados.

O Sr. Pereira Osório: — Sr. Presidente: visto achar-se presente o Sr. Ministro do Comércio vou tratar ligeiramente de dois assuntos, acerca dos quais já particularmente íalei com S. Ex.a

Um deles refere-se aos telefones.

Polo decreto n.°2:2õ3, a Companhia dos Telefones, que é urna verdadeira sangue-suga da economia nacional, não contente com o enorme aumento de lucros que esse decreto lhe proporcionou, ainda resolveu proceder da seguinte forma: