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de íõ de Julho de W

tempo e hão há remédio senão mesmo sem a sua comparência tratar de alguns assuntos.

Sr. Presidente: consta que alguém pretende que seja lançada um novo imposto, que dizem ser até em ouro, sobre as fari" nhãs importadas no Funchal.

Ora, Sr. Presidente, se isto é verdade, o que se vai fazer é estabelecer um novo regime de monopólio para as fábricas de moagem do Funchal, e agravar ainda mais o preço da vida na Madeira, que é já talvez superior ao de Lisboa.

Além disso vai-se fazer também Com que os importadores de trigo aufiram fa-bulosos lucros porque põem à venda as farinhas provenientes désSe trigo, que não têm competidor, visto que as farinhas im-, portadas, recaindo sobre elaã um pesado imposto, ficarão por preços elevadíssimos.

A informação que me deram julgo que é verdadeira-, mas não Sei se tal pretensão se chegará a efectivar ou Mo.

Em todo o caso o que eu quero desde já é lavrar o meu ve'emehte protesto contra essa pretensão.

Peço a V. Ex.a; Sr.- Presidente, o obâé-quio de transmitir as minhas considerações ao Sr. Ministro da Agricultura:

O Sr; Presidente : — Farei presentes ao Sr. Ministro da Agricultura ás reclamações de V. Ex;a

O Sr-. Júlio Ribeiro: — Sr. Presidente: numa das últimas sessões eu chamei a atenção do Governo para o facto insólito de a Associação Comercial de Lisboa fazer ostensivamente propaganda contra os poderes constituídos, insinuando também, insòlitamente, o cumprimento do dever aqueles que dos seus conselhos não. precisam.

Sr. Presidente: devido à atitude desta Câmara a Associação Comercial reconsiderou e vê-se que recuou, não fazendo a insinuação que, segundo uma calorosa manifestação, queria fazer ao. Chefe de Estado para que saísse fora da Constitui*

Vê-se que não tiveram a coragem de cumprir o tácito mandato sugerido por um aparte.

A Associação apresentou a moção, e S. Ex.a,- coih iíiexcedível correcção, fez

sentir aos comerciantes que sabia bem quais são os seus direifos.

Pois, Sr. Presidente; despeitada e ré--voltada com este gesto tiobre do venerando Presidente da Rtípúblibã, dirigiram circulares, não sei se" clandestinas, a diferentes colectividades.

Eu pttde arranjar uma, que termina assim:

«Com a maior tristeza constatou está corporação-que o seu apelo dó Chefe dó Estado pára c[ue se constituísse um gO-vêríiO dê competências que governasse em vista dos interesses nacionais, hão pode ser efectivado».

Isto é. a Associação Comercial quere impor ao Chefe do Estado um Governo do seu agrado, não se importand® que a Constituição diga que o Sr. Presidente da Republica nomeia livremente os seus Ministros.

Diz mais, Sr. Presidente:

«Persiste-se no tremendo erro de constituir ministérios com existência sujeita às contingências da política de partidos, e portanto sem elementos para exercerem uma activa e profícua política de severa administração pública e de fomento nacional.

Por este motivo esta corporação persiste em promover um movimento que, satisfazendo as aspirações nacionais, claramente manifestadas dum ao outro extremo do País, possa acudir à derrocada em que se vai e salvar Portugal da mais espantosa ruína.

Para esse efeito, conta a A. C. de L. desde já com o caloroso aplauso e o decido apoio de muitas corporações económicas, entre as quais há a salientar as Associações Industrial Portuguesa e Centro da Agricultura Portuguesa».

Sr. Presidente: eu não comento está circular i

O Governo não está pre$eiite e por isso limito-me somente a protestar contra este procedimento da Associação Comercial, reservando-me para, oportunamente,-pedir ao Governo que olhe para estes e outros atrevimentos.