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'Sessão dê 29 de Julho de 1924

municipais o direito de poderem exigir das empresas mineiras o pagamento do imposto ad valorem pela exportação dos minérios e seus derivados. Para à Secretaria. .

Nota de interpelação

Desejo interpelar o Sr. Ministro da Agricultura sobre a organização e funcionamento dqs diversos serviços do seu Ministério. — César de Lima Alves.

Mandou-se expedir.

Telegrama

Dq engenheiro ^Mendonça, director das Obras Públicas da índia, protestando pon-tra o projecto de lei que manda reintegrar o engenheiro Amorim ^no lugar de director das Obras Púb.licas da índia, ein virtude de estar pendente dp Sjupremo. Tiibunal

Para a Secretaria.

Antes da ordeq do dia

O Sr. Oridl Pena: — Deve aparecer hoje à venda em todas as livrarias da capital um livro notável e de molde a constituir um enorme sucesso de livraria.

Para mim, não é o sucesso de livraria o interessante mas sim o facto incontestável de com o aparecimento desse livro a verdade estar a caminho e e.star a chegar!

j Chega ao fim de 14 anos de Repúbli-ca, e ao-cabo de 17 anos do atentado máximo que a República produzia, a hora da justiça e a hora do reconhecimento que o país deve incontestavelmente à .memória veneranda do grande rei que foi o Sr-. D. Carlos.

Chega também a hora da justiça e a hora de reconhecimento que o país deve ao grande homem público que foi o Sr. João Franco Castelo Branco.

Esse livro inclui e publica, com os au- • tógrafos respectivos, 14 cartas de el-rei o Sr. D. Carlos, dirigidas ao seu primeiro Ministro, e em" todas elas se revela e em todas elas se manifesta o alto talento o alto patriotismo e a dedicação pelo seu povo que tinha a grande figura de rei que foi o Sr. D. Carlos.

Em todas elas se manifesta também a solidariedade absoluta, a consideração e a estima que ele tinha pelo seu primeiro Ministro, por essa individualidade odiada

pela República e molestada pelos repur blicanos, grandiosamente exilada na sua casa da Beira há 17 anos.

E a justiça que chega, e quando ela chega é inflexível, serena e jusita.

Não é a paixão política que me faz falar; não é á paixão política qu^ me pode .provocar qualquer' palavra mais quente ou mais escaldante. 'Não. É a grande var neração que tenho por essa grandiosa ÍU gura que foi o meu rei, e a grande consideração que tenho pelo homem de talento e de boas intenções, pelo homem de carácter e de vontade, pelo grande parlamentar que foi o Sr. João Franco Oaste-lo Branco.

E por isso que, sem o menor intuito de fazer aqui nem um discurso político nem um ataque político, por entender que as retaliações, por mais justas que sejam, não dão vantagem alguma a quem as faz, usei da palavra para chamar á atenção dp Senado para Osso documento de altíssima valia, hoje posto à venda em todas as li r vrarías de Lisboa e- que dentro em pouco deve estar distribuído por todo este'país, por todo o Portugal, que nenhum de nós é capaz de amar com inais carinho e veneração do que o Sr. í). Carlos I, anteriormente Duque de Bragança, que morreu vitimado pela idea nefasta da Repúr blica ou por gente mandada pela República, nesse tristíssimo dia l de Fevereiro de 1908.

E a saudade que tenho do grande vulto político, do grande patriota e do grande português, que está distante, absolutamente alheado de tudo e de todos, tratando de lavoura em vez de política, tratando de economia em vez de retaliações políticas, e tratando da sua riqueza particu-r lar, parte integrante da riqueza pública, afastado do descalabro a que os" governos da República têm levado este desgrar çado país, que me leva também a prestar-lhe o culto da minha homenagem.

Daqui, desta tribuna, cujos ecos se repercutem mais ou menos por todo o país, pois as notas da imprensa costumam. le: var o eco da nossa voz às últimas aldeias de Portugal, dirijo a esse grande português, a esse eminente homem de Estado, figura de relevo na política portuguesa, a expressão do meu mais comovido respeito.