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Diário das Sessõet do Senado

ôsse mesmo indivíduo honesto pessoalmente.

São, porém, assuntos particulares a dirimir entre as pessoas visadas. Pessoalmente, eu não me consideraria satisfeito.

Tenho dito.

O Sr.Augusto.de Vasconcelos:—Sr.

Presidente: depois de V. Ex.a, do alto dessa cadeira, dizer que considerava o assunto liquidado, eu julgo-que o Senado nada mais tinha que ocupar-se do assunto.

Temos um Presidente nesta Câmara que é respeitado por todos os Senadores, e cujas decisões devem fazer sentença, tanto mais que S. Ex.a foi aqui eleito por unanimidade. Por consequência, sobre o caso nada mais tenho a dizer, a não ser que quem conhece o Sr. Oriol Pena sabe muito bem que S. Ex.a, em certos assuntos em que tome calor, pode esquecer aquilo que ' são frias praxes parlamentares, mas que não pode haver no seu ânimo senão intenções generosas, e, por conseguinte, não pode ter a intenção de magoar seja quem for, quer pessoal, quer politicamente. '

De há muito que eu sou amigo pessoal de S. Ex.a Conheço-o tam intimamente que posso afirmar a V. Ex.a que o julgo incapaz de ofender quem quer que seja.

Mas, a par disso, vejamos o que são os incidentes parlamentares. Nós estamos a assistir por toda a'parte do mando a incidentes violentos que se repetem quási todos os dias; proferem-se expressões que vão muito além das proferidas pelo Sr. Oriol Pena. Acho muito bem que se re-clarqe e se registe na acta que se deram todas as satisfações.

Neste momento eu acho que não deve existir incidente pessoal, visto que as palavras do Sr. Querubim Guimarães, perfilhadas pelo -Sr. Oriol Pena, deram completa liquidação tanto ao incidente político como ao pessoal.

O Sr. Serra e Moura: — Sr. Presidente: pedi a palavra unicamente para protestar contra as afirmações feitas ontem num editorial do Correio da Manhã.

Essas afirmações, além de serem gratuitas, oíendem gravemente o prestígio de V. Ex.a, o prestígio da Câmara e ainda homens de bem, homens dignos, honra-

dos e patriotas, que, acima de tudo, prezam a sua Pátria e o futuro dela. Por consequência, não podem nem devem ser injuriados pela forma como o são aqui.

Diz-se neste jornal o seguinte:

Leu.

j Isto, que se lê em caracteres negros, não é verdade!

No artigo referido, e que me dispenso de ler à Câmara, afirma-se que os revolucionários civis ameaçaram V. Ex.a de o maltratarem, até mesmo de o agredirem, se o projecto que lh.es diz respeito não fosse aprovado nesía casa do Parlamento, e daí ver se V. JEx.a forçado a submetê-lo à aprovação da Câmara, de afogadilho, aproveitando para isso a ausência da minoria monárquica.

Os revolucionários civis são incapazes dum tal procedimento ; mesmo que de entre eles houvesse algum mais exaltado, a tal não se atreveria, porque todos os revolucionários têm por V. Ex.a a mais profunda estima e a maior veneração.

Esses homens nunca se impuseram a ninguém; esses honestos filhos do povo limitaram-se a pedir...

O Sr. Silva Barreto : — Os revolucionários civis pediram-me que patrocinasse o projecto e que as emendas não fossem impressas.

Eu disse que, como tinha o direito de exigir que as emendas fossem, impressas para conhecer do seu teor, o mesmo direito tinham os outros, e portanto votaria que fossem a imprimir as referidas emendas.

E, assim, votei contra o requerimento do Sr. Serra e Moura.

O Orador: — Cumpriram-se as praxes regimentas.

Na ocasião da votação do meu requerimento, a minoria monárquica estava representada pelo Sr. Oriol Pena, que é incontestavelmente um grande homem de bem e por quem eu tenho a mais subida consideração pessoal, estava presente e até votou contra. Apelo para o seu testemunho.

Não houve da parte da Câmara a idea de fazer votar de afogadilho o projecto em questão.