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Diário dai Seêsôe» do Senado

Sr. Presidente: resta-me enviar a V. Ex.a, mais nma vez, os protestos oa minha maior e mais consagrada admiração por V. Ex.a e cumprimentá-lo como um dos homens veneráveis do mea País. q se não só cá dantro, como lá fora, merece o respeito e a consideração de todos.

Tenho dito.

O Sr. Presidente: — Eu fui procurado por um grupo de revolucionários civis que pediram a minha protecção para que o projecto de. lei que estava na Mesa do Senado fosse discutido o mais rapidamente possível.

Eu, cono costumo sempre dizer a verdade sôjii a quem for, disse-lhes que nfl.0 me parecia bem que eles quisessem semelhante cousa, porque parecia que era a paga durn frete que pediam.

Depois disso publicaram nos jcrnais uma note,, por sinal mal redigida, en q;ie se dizia que eles retiniam aqui. Ora aqui não podem reunir senão parlamentares., e por isso nuo permiti que se reaniseem.

Depois disso, nomearam uma comissão que veio ter comigo para me dar tocas as satisfações.

Aqui tem V.Ex.a o que se passou.

Como a proposta de lei já tinha parecer, a Câmara aprovou o requerimento de V. Ex.a, entrando por isso em discussão.

O orador não reviu.

O Sr. fasço Marques (para interrogar a Mesa}:— Sr. Presidente: pedia a Y, Ês.a a fineza de me informar se está em pUino vigor o artigo 147.° do Regimento interno do Senado da República no que diz respeito aos serviços ou fcrnecimontos feitos à secretaria do Parlamento.

O Sr. Presidente: — Sim, senhor, está em vigor.

O Orador : — Eu pedi? que ficassem consignadas na acta a minha preguata e a resposta de V. Ex.*

O Sr. Querubim Guimarães ('para expU-ceçõen] i — Br. Presidente : prdi a palavra unicamente para aproveitara ocasião para dizer aciiuo que tencionava dizer f.e porventura estivesse presente após a leitura da acta acerca do assunto em que acaba de falar o Sr. Serra e Moura,

Eu desejava que na acta ficasse consignada a declaração como votaria na sessão em que foi descutido o projecto dos revolucionários civis.

3S í» o fica registada na acta, mas faço a declaração a V. Ex.a de que se estivesse presente quando foi discutido tal projecto eu não o aprovaria.

Quanto às afirmações que vêm. feitas num jornal, citadas pelo Sr. Serra e Moura, admiro-me que S. Ex.a se tivesse indisposto tanto com a leitura desse artigo e não se tivesse indisposto com a leitura dessas notícias que antes tinham sido publicadas, e certamente baseado nessas notícias ô que o jornalista do Correio da Manhã noticiou que os revolucionários se tinham até instalado nos corredores desta Câmara e tinham arranjado uma mesa com secretário, que tomava as suas notas e expedia 'as suas ordens.

Creio que esta notícia vem num jornal do Porto.

Foi simplesmente por ôsse facto e por tor o prazer de averiguar que esses factos não são verdadeiros. Mas foi em virtude dessas informações noutra imprensa, não sei que jornal do Porto, que o Correio da Manhã publicou essa notícia.

E claro que há excesso, sem dúvida nenhuma, e não era pelo facto de a minoria estar presente que o projecto deixaria de ser aprovado. Apenas quero declarar, Sr. Presidente, que se estivesse presente diria que por considerar mau para as nossas finanças, por motivo das despesas que vai trazer para o Estado, eu não dava o meu voto; apenas emitiria u rainha opinião. Mais nada.

Feitas estas declarações, repito, se estivesse presente na sessão em que se discutiu esse projecto, eu não lhe daria o meu voto.

O orador não reviu.

O Sr. Silva Barreto (para explica-— Sr. Presidente: V. Ex.a está lem-, brado da atitude que a Câmara tomou quando a Imprensa Livre publicou umas palavras desagradáveis que nos atingiam.

Foi oficiado ao Sr. Presidente do Mi-ni&tério para castigar esse jornal.