O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

de 30 de Julho de 1924

GJ ao que me informaram, Só Ex.a no uso da palavra referiu-se à minha atitude como parlamentar filiado no 1'artido Re; publicano l ortuguês, por não acatar ou roceber o Governo do Sr. Rodrigues Gaspar condicioDalinente, como ele foi recebido pelo leader do Partido.

Sr. Presidente: as regras mais comezinhas da boa solidariedade parlamentar deveriam levar o Partido que tem maior representação nesta casa do Parlamento a suspender a votação da moção de desconfiança ao Governo rxdesde que o seu autor não estava presente.

Mas, Sr. Presidente, não se quis fazer assim, e entendeu-se que a ausência do autor absolutamente em nada" prejudicaria o Governo, uma vez que a diferença de número da votação não podia ser de modo nenhum desíavorável ao mesmo Governo, se eu estivesse presente. Entendeu-se, provavelmente, que eu responderia ao Sr. Presidente do Ministério com novos argumentos, não para convencer a maioria da Câmara, porque ela sabe perfeitamente que o Governo do Sr. Rodrigues Gaspar não pode singrar na vida da Nação, porque não tem elementos para isso, mas para usar dum direito, que ninguém me contestará.

V. Ex.a sabe, Sr. Presidente, e a Câmara também não o ignora, que todas as vezes que se prorroga a sessão, isso se faz nos termos que já tem por assim dizer sido estabelecidos, fixando doutrina, porquanto V. Ex.a interrompe a sessão à hora regimental sendo o requerimento para a sessão se prorrogar, somente para evitar que na sessão imediata se leve mais tempo no Cantes da ordem do dia».

As prorrogações nesta Câmara têm sido feitas com esta característica: evitar que haja o «antes da ordem do dia» e ganhar tempo.

Mas na sessão de ontem havia a necessidade e a conveniência, até a, vantagem política, de que tal praxe. . .

O Sr. Presidente : — Eu tomo a responsabilidade da prorrogação da sessão de ontem.

Prorroguei-a porque temos muito que fazer e não podíamos protelar o assunto em discussão durante mais quatro ou cinco dias, sem vantagem nem para a Pátria, nem para a República,

O Oradori—V. Ex.a não tem absolutamente nada que ver com o facto de se levarem mais quatro ou cinco dias a discutir este ou outro assunto.

V. Ex.a não tinha niais direito de in^-tervir no assunto do que qualquer outro parlamentar.

O Sr. Presidente: — O que eu não posso é admitir uma censura de V. Ex.a, que o

Seriado não me fez.

O Orador:—Se V. Ex.a, Sr. Presidente, me- interrompesse para dizer que não era da responsabilidade do Sr. Pereira Osório o prolongamento da sessão...

O Sr. Presidente : —E minha a respon-sabilidad0; nenhum Sr. Senador me pediu que prolongasse, além das 19 horas, a sessão de ontem.

O Orador: — Só tenho a registar a ati^ tude de V, Ex.a e pedir-lhe que de futuro tome deliberação idêntica, que será do agrado geral do Senado.

Se estivesse presente, rejeitaria a moção de que fui autor, e teria usado da palavra para trazer ao conhecimento da Câmara novos elementos de combate político, que deixei de apresentar na primeira vez que usei da palavra, por consideração para com a Câmara, para a não fatigar mais.

O orador não reviu,

O Sr. Serra e Moura :—Pedi a palavra para responder ao Sr. Senador que acaba do falar na parte que diz respeito ao apoiado que dei a V. Ex.a

Se é certo que o fiz por muita estima por V. Ex.a, também é certo que o não fiz para desconsiderar o ilustre Senador, cuja atitude extranho.

Acerca da apresentação do Governo, devo dizer que considero este constituído por homens sérios, honrados e de cujo republicanismo ninguém tem o direito a duvidar.

A constituição deste Governo satisfez ao país e à Câmara, e a prova disso viu--se ontem na votação que se fez aqui.