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Diário das Sessões do Senado

mente «que não era em nome de todoí, e V. Ex." respondeu-me que j£ estava habituado a não coutar comigo. O orador não reviu.

O Orador: — O faeto de S. Ex.a fazer essas declarações não tira ao acto a importância que'ele tinha.

O orador não reviu. • •

O Sr. Augusto de Vasconcelos (para explicações): — Tencionava ontem, qaasdo falei peia segunda vez no debate político?, referir-me a umas palavras aqui pronunciadas pelo Sr. Ribeiro de Melo, mas como S. Sx.a não estava presente abs-tive-ine de o fazer.

As suas palavras foram as alusivcs que. fez às minhas qualidades diplomáticas que, segundo disse, me levam a estar bem com todos.

Ora estas alusões não são justas, embora ey faça inteira justiça às intenções de S. Ex.;i, que com certeza rae mio pretendeu melindrar.

Mas as palavras são-o que suo. o eu não desejaria que delas se fizesse uma errada interpretação.

Tenho combatido vivamente alguns governos, o que não quere dizer que não use para com eles, nos meus processos de ataque, aquelas normas-de delicadeza que deve haver entre homens que se prezam e se respeitam.

Não peço, nunca pedi, favores aos go-- vernos; cão preciso deles. Exerço um cargo público, mas não o devo ao favor ministerial. Assim, estava na disponibilidade no Ministérip dos Negócios Estrangeiros ; um Ministro, meu particular amigo, indo ao Governo, entendeu que mescao na disponibilidade podia prestar, alguns serviços, e como jsso representava uma economia para o 'Estado, 'em vez de ir reger a minha cadeira na Faculdade de Síedi-cina, aceitei dirigir no Ministério cos Negócios Estrangeiros a secção da Sociedade das Nações.

Ora em virtude de dirigir essa secção, o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, anterior, entendeu que eu devia fazer parte Ga missão que foi a Genebra representar Portugal nessa sociedade.

Embora essa designação represente uma prova de confiança, qne nriiío me honrou, não julgo que isso possa ser tido

como um favor do Governo; é uma nomeação inerente ao cargo quo exerço.

O Sr. Ribeiro de Melo: — V. Ex.a merece isso e muito mais, por ser um antigo funcionário e valioso republicano.

r: — Eu sei que essa era a intenção de V. Ex.a

Mas V. Ex.a sabe que sendo um carácter de ouro, há outros que o não são e tiram conclusões de algumas afirmações qu<_ p='p' verdadeiras.='verdadeiras.' não='não' são='são'>

É por isso que me retiro às suas palavras nos termos em cpe o estou fazendo.

Posto isto, não/ne ocupo agora do incidente levantado, porquo se trata de uma pequenina sessão do Partido Democrático, a Que nós assistimos como espectadores.

É um incidente do família em que não temos do intervir.

Mas preciso de dizer a V. Ex.a que há um aspecto político nesse incidente, que não quero de x-ir de salientar.

É aquele que foi lixado por alguns Srs. Senadores quando censuraram o Sr. Ribeiro de Mulo por tomar uma atitude diferente da do seu Partido.

Semelhante caso pode suceder no meu, p eu devo desde já dizer que entendo que os partidos republicanos não são rebanhos (Apoiados das direitas e do centro}, o que há sempre o direito de se divergir da opinião do representante do Partido desde que se não saia dos princípios que o regem,

Digo isto para que fique, neste ponto? bem assente a minha opinião.

ORDEM DO DIA

Foi aprovada, sem discussão, na tjene-ralidade e na especialidade, a 'proposta, de lei n.° 707.

É a seguinte :

a ele lei n»0 707