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Diário das Sessões do Senado

associo às palavras proferidas por V. Ex.a acerca do aniversário da batalha de AL-jubarrota, onde nós, portugueses, numa evidente inferioridade para com os castelhanos, conseguimos inflingir-lhes plena derrota.

O povo português, estou certo que ainda hoje seria capaz, lutando pela snia independência, de cometer actos tam brilhantes como esse que nunca se deve apagar da nossa memória. " „

0 Sr. Ramos da Costa: — Sr. Presidente : não podia deixar de manifestar-me jubilosamente, pelas palavras que V. Ex.% Sr. Presidente, pronunciou acerca do grande facto histórico que é a batalha de Aljubarrota.

Depois da morte do Eei Do Fernando, o País encontrava-se num estado de desolação e abatimento consideráveis.

Em vista do que o Rei de Castela esperava apoderar-se de Portugal.

Nessa ocasião, porém, os portirgueses, que foram sempre um povo amigo da liberdade e da independência- da sua Pátria, levantaram-se e, com o auxílio do grande homem que foi D. Nuno Alvares Pereira, feriram a batalha que derrotou completa-' mente as hostes castelhanas.

, E um dos factos mais brilhantes da nossa história; e como ele representa a energia da raça portuguesa peço a todos os Srs. Senadores presentes que me acompanhem num viva entusiástico.

1 Viva a Raça Portuguesa! j Viva a Pátria !•

Foram correspondidos por toda a Câmara.

O orador não reviu.

O Sr. Afonso de Lemos: — Eu, agradecendo as lições de história dos oradores que me antecederam, limito-me a acompanhar gostosamente o voto pelo aniversário que ontem se realizou da batalha de Aljubarrota.

O orador não reviu.

O Sr. Cunha Barbosa: — Sm nome da minoria católica associo me ao voto Dro-posto por V. Ex.a, Sr. Presidente.

É bom relembrar e fixar o nosso pensamento nos factos nacionais em que a Nação Portuguesa afirma a sua vitalidade, a razão de ser da sua existência, entre

outros motivos, para desviarmos a atenção do presente.

Aljubarrota vale, não só como facto militar, mas também e sobretudo, como uma afirmação popular, uma arrancada heróica do povo português, conduzido pela alma toda portuguesa de Nuno Alvares, que nos libertou da cubica de extranhos e da vilania de muitos portugueses.

Sr. Presidente: a meditação sobre as virtudes cívicas dos nossos grandes antepassados, que hoje memoramos desperte em nós o desejo de as cultivarmos também, prestando à Nação aqueles serviços que ela de nós exige, como legisladores, sobrepondo aos interesses individuais, ainda que os mais legítimos, e às conveniências partidárias o interesse geral do País.

São estes os votos da minoria católica.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Serra e Moura: — Sr. Presidente: em nome dos independentes agrupados nesta Câmara devo com muito entusiasmo associar-me às palavras de V. Ex.a

Sinto-me orgulhoso de ser português, desse povo que tanto brilhou nessa época e que ainda hoje é grande e capaz de fazer o mesmo hoje pela sua independência.

Apoiados.

O Sr. Ministro da Justiça e dos Cultos

(Catanho de Meneses): — Sr. Presidente: em noine do Governo associo-me à saudação proposla por V.. Ex.a para comemorar a data de 14 de Agosto.

Disse um ilustre Senador, o Sr. Tomás dê] Vilhena, que foi na batalha de Aljubarrota que a nossa independência se firmou definitivamente.

É assim, Sr. Presidente; é assim também que o desejo que um povo tem da sna independência, o desejo que ele tem de ser livre, é sempre um factor importantíssimo, sem dúvida o factor principal para a vitalidade nacional. Por isso, Sr. Presidente, o desejo de independência que é fonto de todos os esforços, e de todas as virtudes cívicas.