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Cessão de 12 de Novembro de 1924

«escritor Camilo. Castelo Branco, e a mandá-lo fundir no Arsenal do Exército. Para a 2.a Secção.

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Representação

Da direcção da Associação dos Farmacêuticos Portugueses, sobre o projecto de lei da autoria do Sr* Costa Júnior, que manda suprimir as consultas módicas das •associações de socorros mútuos nas farmácias particulares e suas dependências.

Para a l.a Secção.

Antes da ordem do dia

O Sr. Dias de Andrade: — Ontem, durante a sessão, recebi um telegrama de •que não pude dar conhecimento à Câmara por se ter encerrado logo após a come-, •moração do armistício.

Comunicam-me de Pombal que na freguesia de Vila Chã, um grupo de desordeiros intimou o respectivo pároco a, num curto espaço de tempo, abandonar a •

Esta violência é um verdadeiro atentado aos direitos individuais consignados na ConstitniçãD.

Não está presente o Governo, mas protesto contra a violência e peço a V. Ex.a para comunicar ao Governo que tome •enérgicas e imediatas providênci-as no sentido de se chamarem à ordem e serem punidos os autores de semelhante violência.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente:—Transmitirei ao Sr. Presidente do Ministério as considerações de S. Ex.a

O Sr. Procópio de Freitas: — Num jornal que tenho aqui presente, consta, dum extracto da sessão parlamentar de anteontem da Câmara dos Deputados, que o Sr. António Maria da Silva, a propósito •dumas acusações que, creio, lhe foram feitas •de pertencer a uma conspiração que se diz •estar na forja, tem entendimentos com o Partido Republicano Radical.

Isto, Sr. Presidente, é uma verdadeira infâmia. Quere dizer: pretendeu o Sr.

António Maria da Silva faz.er ver que há qualquer ligação do Partido Republicano Radical nesses crimes da noite de 19 de Outubro. 0

Sr. Presidente: não posso deixar passar isto sem o meu mais veemente protesto,-porque isto representa não só uma enorme afronta ao Partido Republicano Radical . . .

O Sr. Costa Júnior (aparte): — Não fala no Partido Radical,

O Orador: — Falo nos radicais.

O Sr. Costa Júnior (aparte): — E diferente.

O Orador: — Não sei se 'alguém, por< ocasião do 19 de Outubro, pretendeu fazer mal ao Sr. António Maria da Silva.

O País 'já está suficientemente esclarecido acerca do que foi o movimento de 19 de Outubro; as pessoas bem intencionadas estão já absolutamente convencidas que os dirigentes do 19 de Outubro nada, absolutamente nada, tiveram com esses infames crimes que se praticaram durante essa noite, e que se 0:3 não evitaram é porque lhes foi completamente impossível, e ainda mais uma vez garanto a V. Ex.a e à Câmara que a ninguém mais do que a nós dirigentes desse movimento impressionou, .Q contristaram esses- desgraça dos acontecimentos.

Mas é sempre a' mesma arma. Foi a arma de que se serviram naquela ocasião para combater e bater naqueles que entraram em tal movimento; e é ainda hoje, Sr. Presidente, aquela de que algumas pessoas se querem servir para atingir os radicais.

É minha segura convicção de que a maioria, a grande maioria das pessoas que entraram no movimento de 19 de Outubro, pertencia ao Partido Democrático.

Não sei se os correligionários do Sr. António Maria da Silva pretendiam fazer mal a S. Ex.a; o que desejo é.repelir o que acabo de referir para que se não liguem os radicais aos crimes que se deram em 19 de Outubro.